Hoje (30), feriado de Corpus Christi, a Igreja Católica realiza uma série de celebrações em homenagem ao Corpo e Sangue de Cristo, que passa por tapetes enfeitados.
Em Campinas, a principal solenidade acontece na Catedral Metropolitana às 9h30 com procissão e missa celebrada pelo Arcebispo Metropolitano, Dom João Inácio Müller. Antes, entretanto, há missa às 7h30, e depois mais duas missas: uma às 11h30 e outra às 17h.
O tapete, enfeitado com areia colorida, pó de café, pó de serra, trigo e casca de ovo, foi montado na noite de ontem (29) pela equipe de acólitos (auxiliares do padre) e voluntários.
Já na Basílica Nossa Senhora do Carmo, o tapete de cerca de 40 metros começou a ser montado às 4h15 desta quinta-feira, reunindo cerca de 200 fiéis.
“Eu acho a coisa mais linda, e cada ano fica mais lindo”, afirmou a aposentada Claunice de Oliveira, de 70 anos, que teve pneumonia recentemente e que não pôde participar da montagem, mas que pretende ir à missa das 17h, seguida da procissão.
Felipe Fazolin tem 21 anos, é secretário da Basílica, e conta o que a festa representa para a comunidade local. “É o momento que todo mundo se reúne pra montar um tapete pra Jesus passar. Isso revive a nossa fé todos os dias, nos reunindo em torno do altar da Eucaristia”.
A Arquidiocese de Campinas informa que cada uma das paróquias que a compõem têm a liberdade de montar ou não tapetes de Corpus Christi. Portanto, que a decisão cabe aos párocos locais. Confira aqui a sua paróquia.
Mas, o que é a festa de Corpus Christi?
É uma solenidade que celebra o corpo e sangue de Cristo transubstanciado na hóstia (na eucaristia). Por isso, uma hóstia é levada em procissões por tapetes enfeitados, ornados especialmente para que Senhor possa passar.
Ocorre todos os anos 60 dias após a Páscoa, sempre na primeira quinta-feira depois da Festa da Santíssima Trindade (Deus Pai, Jesus Filho e o Espírito Santo).
Remonta ao século XIII, com uma experiência da irmã agostiniana Juliana de Mont Cornillon, em Liège, na Bélgica, que, segundo a Igreja, teve uma intuição divina de que Jesus deveria passar pelas ruas para que todos voltassem o olhar para Ele.
De acordo com o padre Tarcísio Pereira Machado, Vigário Episcopal para a Vida Religiosa Consagrada, “é um convite também à conversão, a voltar o nosso olhar, o nosso sentimento para Jesus e tomar esse caminho. Por isso, essa tradição foi trazida ao Brasil pelos portugueses, para enfeitar a rua da forma mais bela possível, porque ali vai passar aquele que é o Senhor e o autor da vida”.
A festa de Corpus Christi foi oficialmente instituída pelo papa Urbano IV (1195 – 1264) com a publicação da bula Transiturus em 8 de setembro de 1264.
Além da intuição da freira agostiniana, que alegava ter tido visões de Cristo demonstrando desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque, contribuiu para a instituição da festa o Milagre de Bolsena, que ocorreu na cidade de Ouro Vietto, na Itália, na província da Húmbria.
Um sacerdote, chamado Pedro de Praga, celebrando a eucaristia, mas duvidando que que Cristo estivesse ali presente, teve o corporal (pano onde a hóstia é colocada no altar) manchado de sangue, e, a partir da análise minuciosa da Igreja, o papa Urbano IV determinou que a festa dos tapetes fosse instituída.
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