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CotidianoDengue: Saúde divulga bairros que recebem 1º mutirão em 2024; veja locais com alerta

Dengue: Saúde divulga bairros que recebem 1º mutirão em 2024; veja locais com alerta

Primeira ação do ano vai acontecer em bairros da região Sudoeste de Campinas; cronograma será definido de acordo com a situação epidemiológica

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A Secretaria de Saúde de Campinas anunciou hoje (26) os bairros selecionados para o primeiro mutirão de combate à dengue em 2024. A ação acontece no dia 6 de janeiro e vai focar em quatro bairros, na região Sudoeste da cidade. Com mais de 10 mil casos confirmados e três mortes causadas pela dengue até o momento, Campinas prevê uma piora dos índices em 2024 (leia mais aqui).

Confira a lista de bairros com o primeiro mutirão:

  • Jardim Santo Antônio
  • DIC III
  • DIC V
  • DIC VI

De acordo com o Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde), o combate contra os criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, vai acontecer no Jd. Santo Antônio, que está entre os sete bairros em alerta para a dengue, e os demais são próximos, com casos de moradores infectados, e, por isso, estão na primeira ação.

Outros bairros em alerta são:

  • Centro e Mansões Santo Antônio – Leste
  • Jardim Florence 2 – Noroeste
  • Jardim do Lago – Sul
  • Jardim Eulina e Parque Via Norte – Norte
  • Jardim Adhemar de Barros – Sudoeste

Como será a ação

Os mutirões de combate aos criadouros ao mosquito eram realizados “quando necessário”, mas, a partir de janeiro, passam a ser sistemáticos, a cada 15 dias. Em caso de reavaliação da situação epidemiológica da cidade, a frequência pode ser alterada. De acordo com a Prefeitura, as ações são um “extra”, já que, diariamente, há vistorias, visitas a imóveis e nebulizações. O mais recente foi no Jardim Eulina, em 16 de dezembro.

O combate aos criadouros vai reunir funcionários da empresa Impacto Controle de Pragas, que devem estar com uniforme formado por camiseta branca, com logo da empresa, e calça cinza. O trabalho também deve contar com um caminhão cata-treco. Em caso de dúvida, a Prefeitura pode ser consultada pelo número 156.

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“As ações de combate ao mosquito são muito importantes, elas auxiliam na redução de criadouros disponíveis para evitar que os mosquitos nasçam. O Aedes aegypti, depois de infectado, continua transmitindo a doença até o final da vida, que é por volta de 30 dias. Portanto, não deixar o mosquito nascer é a melhor forma de combate à doença”, destacou a assessora técnica do Devisa Priscilla Pegoraro, articuladora da intersetorialidade no Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses.

Próximas agendas

Mais seis mutirões devem ser realizados até março. Os bairros vão ser definidos mais próximos das datas, já que é considerada a situação epidemiológica de cada região. As ações vão acontecer nas seguintes datas:

  • Janeiro: dia 20
  • Fevereiro: dias 3 e 17
  • Março: dias 2, 16 e 30

Esforço conjunto

A Prefeitura ressalta que é importante a sociedade se aliar ao Poder Público para enfrentar a dengue. Em 2023, pelo terceiro ano seguido, houve aumento em pontos inacessíveis nas visitas de agentes a imóveis para vistoria e eliminação de criadouros, com imóveis fechados, desocupados ou por recusa de moradores. Veja a porcentagem de visitas realizadas com êxito:

  • 2020: 43,5%
  • 2021: 44,7%
  • 2022: 46,9%
  • 2023: 50,3%

“Os mutirões são uma estratégia complementar realizada aos sábados, nas regiões com aumento expressivo de casos, que visa diminuir as pendências, abrir mais casas e tornar o trabalho de combate ao mosquito mais eficaz. Além disso, integram esforços de diferentes secretarias e órgãos da Prefeitura para melhorar a resposta do município neste enfrentamento”, destacou Priscilla.

De acordo com o Devisa, 80% dos criadouros estão nas residências. Para acabar com a proliferação do mosquito é preciso evitar qualquer acúmulo de água em:

  • Latas
  • Pneus
  • Pratos de plantas
  • Lajes
  • Calhas

Também é necessário vedar a caixa d’água e manter fechados vasos sanitários inutilizados.

Sintomas

O morador deve procurar um centro de saúde para receber atendimento e orientações se tiver febre e mais dois sintomas associados:

  • Dor de cabeça
  • Dor no corpo
  • Náusea
  • Vômito
  • Manchas no corpo
  • Dor articular
  • Dor atrás dos olhos

Por outro lado, se apresentar tontura, dor de barriga muito forte, vômitos repetidos, suor frio e sangramentos, o morador deve procurar atendimento em um pronto-socorro ou em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

Mais medidas e preocupações

Na semana passada, a Prefeitura de Campinas anunciou um pacote de ações contra a dengue que conta com uma Sala de Situação para análise sistemática, reorganização da rede municipal de saúde e um novo site para divulgar informações.

A secretaria de Saúde também começou a divulgar um boletim semanal com os bairros mais preocupantes.

A cidade vive, desde abril, uma epidemia de dengue. Em 2023 foram confirmados 10.823 casos e três óbitos pela doença. O cenário pode piorar se houver reintrodução dos vírus tipos 3 e 4, não registrados há 14 anos e nove anos, respectivamente, mas que já causaram infecções em outras cidades em 2023 (leia mais aqui).

Há risco de dengue grave quando uma pessoa é infectada por um tipo diferente ao anterior. Os grupos mais vulneráveis são crianças, adolescentes e adultos que não tiveram contato com a doença antes.

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Marcos André Andrade
Marcos André Andrade
Marcos André Andrade é formado em jornalismo pela Unesp e pós-graduado em Gestão da Comunicação em Mídias Digitais pelo Senac. No Grupo EP desde 2022, é editor do Tudo EP e foi repórter do acidade on Campinas. Tem passagens pela Band Campinas, Rádio Bandeirantes de Campinas e Rádio Band News de Campinas, onde desempenhou as funções de âncora, editor, produtor e repórter.
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