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CotidianoInfectologista da Unicamp diz que liberação do uso de máscara é precipitada

Infectologista da Unicamp diz que liberação do uso de máscara é precipitada

Segundo ela, chegada do Outono deve causar novo aumento de casos e cobertura vacinal de crianças ainda é baixa

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Pessoas usando máscara no Centro de Campinas (Foto: Denny Cesare/Código19)

 

Após Campinas seguir o estado e anunciar a retirada da obrigação do uso de máscara em locais fechados, a infectologista da Unicamp e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, Raquel Stucchi, avaliou como precipitada a decisão. 

“No meu entendimento é precipitado. Nós temos poucas semanas com índices melhores. Sabemos que, ao longo desses dois anos de pandemia que o prudente é termos um período maior de observação, para nos sedimentarmos, para termos certeza de que esse números realmente continuarão diminuindo cada vez mais”, avaliou.   

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A infectologista citou que com a chegada do Outono, que começa amanhã (20), a tendência é de aumento de casos de sintomas gripais.  

“Amanhã 12h começa o Outono, o Outono e o Inverno são estações que independente da covid temos mais infecções respiratórias, vamos ter mais infecções esse ano porque tudo voltou ao normal e a máscara consegue proteger outras infecções, mas em relação a covid ainda acho precipitado”, continuou. 

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BAIXA COBERTURA VACINAL   

Para a infectologista, ainda não era a hora de começar a discutir a retirada ou não da máscara, com índices de vacinação ainda não suficientes. 

“O Brasil resolveu iniciar essa discussão de uso de máscara que pra mim não tinha nenhuma urgência pra fazer nesse momento, tínhamos coisas mais urgentes pra discutir em relação a pandemia, e resolvemos fazer no momento em que temos uma baixa cobertura vacinal de crianças, baixa cobertura vacinal de terceira dose que é fundamental para proteção contra a ômicron, e com a chegada do Outono e Inverno”, opniou.

“Além disso, já estamos vendo na Europa o momento não só de casos mas também de hospitalizações pela variante. Sabemos que o que acontece na Europa, depois de dois três meses acontece aqui, então isso é um sinal amarelo piscando para o vermelho”, acrescentou.  

MÁSCARAS EM ESCOLAS 

Sobre a definição de Campinas, em ser mais restritiva que o Estado e ainda obrigar o uso de máscaras em escolas, Raquel avaliou a decisão como correta.   

“É correto não liberar para crianças em escolas, porque o nosso cenário do nosso município infelizmente é de uma cobertura vacinal ainda muito baixa. 21% de cobertura vacinal é inadmissível”.  

O índice de cobertura vacinal completa em 21% foi citado ontem pela secretaria de Saúde e se refere a faixa etária dos 5 aos 11 anos.  

“Há uma preocupação de proteger e por isso exigiremos máscaras nas escolas”, disse o prefeito Dário Saadi citando a decisão de manter mascaras em escolas. 

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