O influenciador investigado pela participação em um esquema de lavagem de dinheiro através de sorteios online de carros de luxo acumula 10,5 milhões de seguidores nas redes sociais. Ontem (9), uma operação da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) terminou com a apreensão de 14 veículos, celulares e eletrônicos. Até o momento, ninguém foi preso – leia mais abaixo.
Bruno Lima é morador de Campinas e costuma postar vídeos e fotos ao lado de carros luxuosos. Em uma das publicações, o influenciador divulgou a rifa de uma BMW modelo i8 por R$ 1,29. A Polícia Civil informou que foi esse tipo de post que chamou a atenção dos investigadores em um primeiro momento.
Comunicado nas redes sociais
Nesta terça-feira (10), Bruno Lima publicou um comunicado em sua rede social informando sobre as investigações policiais e afirmando que suas rifas são idôneas e que nunca enganaram nenhuma pessoa. Além disso, disse que sua equipe jurídica já está trabalhando para resolver essa situação.
“Minha equipe jurídica está trabalhando no processo e em breve vamos voltar a trabalhar com a cabeça erguida e sorriso no rosto, que infelizmente incomoda muita gente”, diz trecho.
O influenciador ainda salienta que os resultados nunca foram burlados e que todos os ganhadores receberam seus prêmios após o sorteio.
“Tão postando até ‘Bruno Lima faz ações falsas’, nunca enganamos nenhuma pessoa, nenhum ganhador, nunca nenhum resultado foi burlado, todos receberam, separamos cada ganhador, cada transferência, mas não quiseram nem sequer aceitar esses documentos (que os mesmos pediram após irmos explicar como funcionava detalhe por detalhe)”, acrescenta a publicação.
A operação
Uma operação da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) contra lavagem de dinheiro foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (9), na região. A ação apura sorteios online de carros de luxo e cumpriu três mandados de busca e apreensão nas cidades de Campinas e Monte Mor. Até o momento, ninguém foi preso.
De acordo com a Polícia Civil, os alvos são pai e filho e teriam movimentado cerca de R$ 7 milhões em apenas oito meses. Nesta segunda, a corporação apreendeu celulares, aparelhos eletrônicos e 14 veículos, dentre eles automóveis de luxo que seriam usados nos sorteios.
Como funcionava o esquema?
Segundo a Polícia Civil, os investigados usavam as redes sociais para anunciar sorteios de veículos de luxo, afirmando que as rifas eram vinculadas à Loteria Federal. Quando o sorteio era realizado, os alvos da investigação também anunciavam que o suposto vencedor teria optado por receber o prêmio via Pix.
Com isso, o veículo sorteado não era entregue ao vencedor. Segundo os investigadores, foram feitas diversas reclamações sobre a falta de comprovação em relação aos vencedores e a presença dos veículos sorteados na loja aberta por um dos investigados.
“Todos esses elementos nos levaram a crer que esta loja de veículos automotores, recém aberta pelo investigado, teria sido, na verdade, para prática da lavagem de dinheiro decorrente da contravenção penal de jogos de azar”, afirma o delegado Luiz Fernando Dias.
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