Morreu na madrugada deste domingo (8) o policial militar que foi baleado por criminosos no Jardim Proença, em Campinas. Fernando Lacerda de Muzio foi ferido no tórax depois de ser rendido por dois ladrões em uma tentativa de assalto no dia 15 de setembro. Ele estava de folga e foi atingido por três disparos.
O policial estava internado em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) depois de passar por uma cirurgia no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti. A assessoria de imprensa da Prefeitura confirmou o óbito nesta madrugada. Ainda não há informações sobre o velório e enterro da vítima.
A SSP (Secretaria de Segurança Pública) publicou uma nota lamentando a morte do soldado. Segundo o órgão, a “equipe da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) da Deic de Campinas está empenhada para prender os autores e esclarecer o crime”.
O crime
O policial militar pertencia ao 47º Batalhão mas não estava trabalhando no dia do crime. Segundo o boletim de ocorrência, o agente chegava em casa de moto quando foi abordado por dois homens, que também estavam em uma motocicleta.
Ao reagir ao crime e lutar com os bandidos, o homem teve a arma roubada e foi ferido por tiros no tórax. Os criminosos fugiram levando a arma do militar.
Após o crime, um suspeito de participação no crime procurou atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do São José com um ferimento na região torácica e ficou internado sob escolta no local. Não há atualização se o suspeito já teve alta hospitalar, e nem se algum envolvido no crime já tenha sido identificado.
Testemunha conta o que viu
Na época do crime, um vizinho do policial militar relatou que viu o momento em que a vítima lutou contra os dois ladrões após ser abordada. O crime aconteceu na Rua Almirante Barroso, no Jardim Proença, por volta de 19h20, quando o militar de folga chegava de moto em casa. Um vídeo de uma câmera de segurança flagrou o momento da fuga dos bandidos.
De acordo com o relato de Marcos Aparecido Gilberti, os criminosos anunciaram o assalto logo depois que o PM chegou em frente ao portão da casa onde mora. Ele observou a cena através do monitoramento instalado na parte externa. O equipamento mostra a movimentação da rua em tempo real, mas não faz gravações. “Eu vi outra moto parando ao lado dele com duas pessoas. Os dois desceram e começaram a agredir ele”, contou à EPTV.
Gilberti percebeu que se tratava de um roubo e decidiu se dirigir à rua, mas ouviu três disparos logo depois. “Eu escutei os tiros, voltei e fiquei olhando as imagens. Notei que eles ficaram nervosos, montaram na moto e foram embora. Aí eu liguei para o 190“, disse o vizinho à reportagem da EPTV. O relato, inclusive, também foi feito aos policiais civis e compõe o registro da ocorrência feito sobre o caso.
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