A paralisação das obras de seis locais dentro do campus da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) preocupa os alunos e frequentadores do campus na cidade. Inacabadas há anos, as estruturas parciais dos prédios de um arquivo, uma biblioteca, laboratórios e um teatro demonstram desgaste e fazem a reitoria da instituição prometer soluções para a retomada (veja como abaixo).
“O PPI (Plano Plurianual de Investimento) irá utilizar parte das reservas financeiras da universidade para investimentos no financiamento de obras novas ou na reforma de estruturas já existentes”, alegou a gestão em nota, detalhando ainda ter uma verba total de R$ 242 milhões para todos os projetos.
Os locais inacabados ficam em pontos diferentes do campus. Entre eles, estão o Siarq (Sistema de Arquivos), que está em fase de licitação e tem trabalhos previstos para ocorrer a partir de 2024, e o Teatro do Instituto de Artes, que estaria em execução, mas não possui indícios de que as obras acontecem atualmente. Confira abaixo a lista dos locais e as explicações da universidade:
– Siarq (Sistema de Arquivos da Unicamp): A Unicamp alega que retomada está em fase de licitação e com recursos garantidos. Com isso, o início da execução está previsto para o início de 2024.
– Teatro do Instituto de Artes: terreno tem areia e pedras, mas operários não foram vistos, apesar da reitoria alegar que a conclusão da obra está em andamento. Segundo a instituição, a cobertura deve ser finalizada em outubro e outros projetos complementares devem ser finalizados em março de 2024. A obra tem custo estimado em R$ 30 milhões.
– Laboratórios Integrados de Pesquisas da Pró-Reitoria de Pesquisa: obras de três prédios deveriam ser entregues em 2014, mas estão abandonadas e com sinais de abandono. A universidade diz ter executado a primeira etapa, mas argumenta que não teve recursos para a conclusão. Atualmente, o projeto executivo está em finalização e a obra de R$ 16 milhões deve começar em 2024.
– Biblioteca do IEL (Instituto de Estudos da Linguagem): contrato foi suspenso devido a necessidade de mudança na fundação. A previsão é que o problema seja resolvido em setembro, quando os trabalhos devem ser retomados.
– Estrutura metálica da Fecfau (Faculdade de Engenharia Civil e Arquitetura): estrutura abandonada apresenta ferrugem e desgaste, mas a Unicamp alega que não há construção prevista e que o local foi usado para um trabalho de pesquisa.
– Laboratório de TI (Tecnologia da Informação) da Feec (Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação): obra incompleta tem recursos garantidos, conforme explicação da Universidade Estadual de Campinas. Os trabalhos aguardam finalização de planilha orçamentária e devem recomeçar em 2024.
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Unicamp dá explicações
Procurada pela EPTV Campinas, a Unicamp justificou que todas as obras citadas têm manutenção e visitas frequentes e que são adotadas medidas contra possíveis pontos de água parada e criadouros do mosquito aedes aegypti. Além disso, afirma que os canteiros de obras são fechados com cadeados e cercas.
Conforme o posicionamento, o Plano Plurianual de Investimento, que foi aprovado em agosto de 2022, permite a incorporação de projetos e prevê R$ 242 milhões para a realização de obras não só em Campinas, mas também nos campi de Limeira e Piracicaba. “O PPI irá utilizar parte das reservas financeiras da universidade para investimentos no financiamento de obras”, diz.
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