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CotidianoPesquisa da Unicamp mostra como músicas alteram sabor do chocolate

Pesquisa da Unicamp mostra como músicas alteram sabor do chocolate

Estudo de mestrado revela mudança no paladar e a relação com emoções ao se provar chocolate meio amargo ouvindo música

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Uma pesquisa de mestrado realizada na FEA (Faculdade de Engenharia de Alimentos) da Unicamp, em Campinas, mostrou como os sons de alta frequência podem alterar a forma como as pessoas percebem o sabor do chocolate meio amargo. Além disso, também indicou como a combinação entre música e o consumo do produto pode gerar emoções distintas nas pessoas.

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O trabalho foi conduzido pela engenheira de alimentos, Renata Shimizu, e orientado pelo professor da FEA, Jorge Behrens. Ao todo, foram necessárias cinco etapas. Entre elas, testes nos quais voluntários escolheram um chocolate com 54,5% de cacau para o estudo e que revelaram que a música de frequência grave foi considerada amarga, enquanto a aguda foi apontada como doce.

Na fase derradeira, 148 participantes comeram três amostras idênticas do chocolate selecionado no Laboratório de Serviços de Alimentação da FEA. O grupo foi dividido em grupos menores de oito e nove pessoas e degustaram o doce em três momentos diferentes: primeiro sem qualquer som. Depois, ouvindo a música considerada doce. Por último, enfim, com a música amarga.

Gosto, música e os sentidos

De acordo com o professor Jorge Behrens, o que determina que gosto a música terá é a combinação entre frequência sonora e modulação. “Sons agudos, ou de alta frequência, são caracterizados como doces. Sons graves, ou de baixa frequência, como amargos”, define ele. Já a pesquisadora Renata Shimizu pondera que correlacionar diferentes sentidos é uma prática corriqueira do ser humano para sobreviver. “É como se fosse uma característica inata das pessoas. Por exemplo, objetos grandes são associados a sons graves e cores escuras”, diz.

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E a conclusão?

Depois de cada sessão nas quais experimentaram tabletes iguais, os grupos responderam o quanto gostaram ou não de cada um, indicaram o grau de equilíbrio entre os gostos doce e amargo e apontaram em um questionário com qual intensidade sentiram 25 emoções listadas pelos responsáveis pela tese.

Os resultados mostraram que a música doce influenciou na percepção do gosto doce. Apesar disso, não foi notada nenhuma influência da música amarga. Já sobre as emoções, a pesquisa indica que a interação do chocolate com a música doce aumentou a intensidade das emoções consideradas positivas, enquanto a degustação do chocolate com o uso da música amarga acentuou as negativas.

Para os pesquisadores, os dados coletados nos testes mostram como o som pode ser utilizado na construção de experiências de consumo, além de demonstrar a possibilidade de harmonizar comida e música. “O som externo não produzido pela mastigação, é tradicionalmente percebido de forma independente do ato de comer. Sua presença pode alterar a percepção sensorial do todo”, conclui a tese.

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Leandro Las Casas
Leandro Las Casas
Graduado pela PUC-Campinas desde 2011, atua há 14 anos no Jornalismo, área na qual cobriu sete eleições, participou de grandes coberturas e esteve a frente de podcasts e projetos de assessoria. Começou a carreira na rádio CBN Campinas, onde foi estagiário, repórter e apresentador. No acidade on Campinas, assina matérias e reportagens de todas as editorias desde 2021.
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