A Defesa Civil liberou na tarde desta terça-feira (27) a entrada de moradores no prédio Fênix, que estava interditado desde sábado (24) devido a uma série de explosões ocorridas dentro de um apartamento que armazenava um arsenal de armas e munições e que pertence a um coronel reformado do Exército. O edifício fica na Rua Hércule Florence, no Botafogo, em Campinas.
Com a desinterdição, os moradores foram liberados a entrarem em suas casas para buscar pertences pessoais, mas ainda não poderão permanecer no local devido à sujeira (fuligem nas escadarias) e há falta de energia elétrica, água e gás, que ainda estão desligados.
O único apartamento que permanece interditado é o de número 13, localizado no 1º andar e que pertence ao militar da reserva Virgílio Parra Dias, de 69 anos. O coronel passou a ser investigado por guardar armas e munições no apartamento.
Após ter desaparecido na noite da explosão, ele foi encontrado nesta madrugada com ferimentos no pescoço em uma praça do Jardim Chapadão. O homem foi encaminhado ao Hospital Municipal Doutor Mário Gatti e está internado desacordado, mas estável, ainda sem previsão de alta.
Quando os moradores voltam em definitivo ao prédio onde houve as explosões?
A previsão, de acordo com o síndico do edifício, é de os serviços sejam religados amanhã (28). Depois de religados, ainda serão testados para checar se não há nenhum vazamento ou problema. Na sequência, começará a limpeza da área comum.
Ainda de acordo com o síndico, a previsão é de que todos os moradores consigam voltar para casa na sexta (1º) ou no sábado (2).
Processo
Na segunda-feira (26), o Exército abriu processo administrativo para investigar a regularidade de armas e munições que Virgílio mantinha no apartamento que pegou fogo no último fim de semana. Na ocasião, a polícia encontrou e recolheu 111 armas que eram mantidas em um “cofre” improvisado, assim como diversas porções de pólvora, mais de três mil munições de diversos calibres e pelo menos cinco granadas.
Quarenta e quatro pessoas foram retiradas do prédio, 37 foram atendidas após inalarem fumaça vinda do incêndio. A evacuação do prédio envolveu até mesmo resgates com cordas em uma espécie de rapel já que a portaria do edifício precisou ser interditada.
Durante o incêndio o coronel foi visto na frente do prédio mas foi embora sem prestar esclarecimentos às autoridades.
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