A Operação Retorno teve início no dia 6 de maio e, segundo a Administração, também tem como objetivo “intensificar os esforços para restabelecer os laços entre pessoas em situação de rua e seus familiares”.
Quais são as cidades que enviaram pessoas em situação de rua para Campinas?
As novas seis cidades identificadas por enviarem pessoas em situação de rua para Campinas, segundo a Prefeitura, são:
Itapetininga
Araraquara
Presidente Prudente
Assis
Avaré
Ourinhos
No dia do lançamento da Operação Retorno, a Prefeitura já havia apontado situações de envio indevido dessas pessoas envolvendo as prefeituras de Bauru, Bragança Paulista, Hortolândia, Jaguariúna, Limeira, Poços de Caldas, Serra Negra e Valinhos. Em depoimentos dados em vídeo por pessoas dessas cidades, alguns relataram que receberam um “roteiro” e orientações para virem até Campinas (saiba mais aqui).
Após a GM encontrar novas situações envolvendo as seis cidades citadas, o número de prefeituras envolvidas nesse tipo de atividade chegou a 14. Segundo a Administração, todos os relatos já foram remetidos ao Ministério Público para avaliação caso a caso.
Em relação ao “recâmbio humanizado” de pessoas em situação de rua, a Prefeitura informou que encaminhou este ano 173 pessoas de volta às suas casas. Em 2023, foram 291.
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O acidade on entrou em contato com as prefeituras das novas seis cidades identificadas, mas teve retorno apenas de Itapetininga e Araraquara até o momento de publicação desta matéria (veja a nota completa abaixo). O espaço segue aberto para manifestações.
O que dizem as prefeituras?
Em nota, a Prefeitura de Itapetininga informou que ainda não recebeu qualquer notificação do Ministério Público com relação ao envio de pessoas em situação de rua para Campinas. O município também afirmou que não realiza essa transferência compulsória apontada.
Porém, segundo o texto, “disponibiliza passagens intermunicipais para regresso às suas cidades de origem às pessoas em situação de rua que sejam migrantes, aos que assim desejarem”.
A Prefeitura de Araraquara também negou o envio de pessoas em situação de rua para outros municípios e disse que “repudia veementemente esta prática”.
A Administração informou que o que ocorre é o fornecimento de passagens a pessoas que estão em trânsito, os chamados “treicheiros”, que não são da cidade, assim como no caso de pessoas que solicitam auxílio para retornar à sua cidade de origem.
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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