A Prefeitura de Campinas informou que mudou a forma de operação da Usina Verde, a usina de compostagem orgânica que ocupa uma área de 17 hectares dentro da Fazenda Santa Elisa, do IAC (Instituto Agronômico de Campinas). Segundo a Administração, o objetivo é eliminar o mau cheiro eventualmente verificado nos últimos dias, causado pelo material que é processado no local.
No mês passado, moradores da região dos Amarais se manifestaram contra o mau cheiro vindo do espaço. Reunidos em cerca de 100 pessoas, moradores criticam o odor propagado pelos bairros.
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“Tá pior que chiqueiro”, “chega de mau cheiro”, ‘quero ar sem cheiro ruim”, escreveram em faixas e cartazes. Segundo os protestantes, o mau cheiro atinge os bairros Jardim Santa Mônica e São Marcos, e aumentam o número de aves, trazendo riscos para o Aeroporto dos Amarais.
A usina começou a funcionar em 2020, e segundo a Prefeitura, são processadas até 100 toneladas de resíduos por dia. O espaço, que funciona onde também fica a sede da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, foi criado para produzir adubo orgânico a partir do lodo resultante do esgoto.
Qual a mudança?
Segundo a Prefeitura, as 50 toneladas de lodo resultantes do tratamento de esgoto passarão por um processo de secagem antes de seguirem à usina. A mudança começou a valer ontem (23).
“Nesse processo, será misturado galharia resultante da poda de árvores. Também haverá mudanças na proporção da mistura entre lodo e galharia”, informou.
A administração reforçou que iniciativa, pioneira no país, evita que o lodo resultante do tratamento do esgoto e galharia sejam enviados para aterros sanitários, além de produzir um composto orgânico, já certificado pelo Ministério da Agricultura, que é utilizado como fertilizante.