Com informações de Jonatan Morel – EPTV/ Campinas
A psicóloga de 31 anos, que levou o filho de 9 meses, morto dentro de uma mala, para o Hospital São Luiz, em Campinas, recebeu alta hospitalar na tarde desta quarta-feira (6) e foi imediatamente presa. A Justiça converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva, e ela será levada para a Cadeia Pública Feminina de Paulínia.
A psicóloga foi presa por volta das 16h, após receber alta. Ela estava internada desde ontem. Hoje, foi levada escoltada pelos policiais para o 1º Distrito Policial, no Botafogo. De lá, será encaminhada para a penitenciária. O caso seguirá para a Polícia Civil de Itu, onde ocorreram os fatos. A mulher será indiciada por ocultação de cadáver, ainda segundo a polícia.
A prisão
Quatro viaturas da Polícia Militar fizeram a escolta da psicóloga. A mulher embarcou na viatura pelo estacionamento subterrâneo da unidade de saúde.
Em entrevista à EPTV, o namorado da psicóloga, que não teve o nome revelado, afirmou que foi instruído pelo advogado a não comentar sobre o caso, e que a única coisa que ele pode dizer é que tudo o que está sendo falado sobre o caso não é verdade e que ele tem como provar.
O que aconteceu?
De acordo com o médico pediatra Issao Kikuti Filho, o bebê já estava sem vida há aproximadamente 36 horas quando chegou ao hospital. A informação consta no boletim de ocorrência no qual a reportagem teve acesso. O documento foi registrado pela Polícia Civil.
Ainda de acordo com o B.O., a acusada disse à perícia policial que havia escondido a gravidez de seus pais “em virtude de represálias”. O namorado dela, pai do bebê, já teria outros três filhos.
O bebê teria nascido entre a quinta-feira (30) e sexta (1º) com vida, mas que morreu em seguida. Na sequência, ela o escondeu o corpo da criança dentro da mala e colocou em um armário do quarto.
Ainda de acordo com o depoimento da psicóloga, a mãe dela desconfiava da gravidez da filha, mas não acreditou que a psicóloga pudesse estar escondendo a gestação por tanto tempo. A mulher teria feito uma busca no quarto da filha e encontrou o bebê morto na mala.
Também consta no B.O, que a família, que mora em Itu, ficou desesperada e acabou trazendo a filha e o neném morto para o Hospital São Luiz, onde têm convênio. Ainda segundo o documento, a avó chegou a passar mal dento do hospital. O Boletim de Ocorrência foi registrado na 1ª Delegacia Seccional de Campinas.
O outro lado
Em nota divulgada durante a manhã desta quarta-feira, o advogado da acusada, Ralph Tórtima Filho, diz que a cliente agiu ‘sob provável psicose puerperal’.
“Infelizmente, a criança faleceu, estando a mãe extremamente abalada emocionalmente e sob cuidados médicos. Qualquer atitude sua, sob provável psicose puerperal, merece compreensão e acolhimento”, diz o texto assinado por ele.
Internada desde a entrada no hospital, a psicóloga passou por exames psicológicos antes de ser presa.
Quanto à conversão do flagrante em prisão preventiva, o advogado avaliou como injustiça.
“Entendo que a decisão concretiza uma grande injustiça, é precipitada, atingindo desnecessária e duramente uma mãe que recém perdeu um filho. Somente um laudo pericial poderá sugerir alguma hipótese. Logo, inconcebível a prisão de alguém, em qualquer hipótese, sem que existam elementos mínimos a justificá-la”.
Ainda de acordo com Tortman, a gravidez foi esperada, desejada e teve todo acompanhamento médico especializado.
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