Com informações de Tiago Américo/EPTV Campinas
*Matéria atualizada às 13h45 do dia 6 de dezembro de 2023
A defesa da psicóloga de 31 anos que deu entrada nesta terça-feira (5) no Hospital São Luiz, em Campinas, com o corpo de um recém-nascido dentro de uma mala afirmou nesta quarta-feira (6) que a gravidez era “esperada e desejada” e “teve todo acompanhamento médico especializado”. A mulher está internada na unidade nesta quarta-feira (6), mas deve ser presa após ter alta. Nesta manhã, a Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva.
Em nota divulgada durante a manhã, o advogado dela, Ralph Tórtima Filho, afirma ainda que a cliente agiu “sob provável psicose puerperal”. “Infelizmente, a criança faleceu, estando a mãe extremamente abalada emocionalmente e sob cuidados médicos. Qualquer atitude sua, sob provável psicose puerperal, merece compreensão e acolhimento”, diz o texto assinado por ele.
No comunicado, Tórtima também confirma que vai pedir a revogação da prisão solicitada pela Polícia Civil. “Trata-se de situação que causa em seus estados mais agudos, inclusive a ruptura com a realidade. Estamos certos de que o judiciário será sensível a isso, revogando essa injustificável prisão”, justifica.
Internada desde a entrada no hospital, a mulher passou por exames psicológicos, será levada à delegacia assim que tiver alta médica e deve responder por ocultação de cadáver. A previsão é que ela deixe o local ainda nesta quarta-feira. Enquanto isso, a PM (Polícia Militar) segue no hospital onde a mulher está internada.
O caso
A psicóloga mora em Itu e foi até o Hospital São Luiz com o corpo do bebê dentro de uma mala. Ela estava acompanhada dos pais, de quem teria escondido a gestação, e teria dito em depoimento à Polícia Civil que o parto foi feito na casa dela na quinta-feira (30), e que o namorado também sabia do ocorrido.
Apesar de alegar que teria sofrido um aborto espontâneo, porque, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o termo só pode ser usado quando a interrupção da gestação é até a 22ª semana (5 meses e meio). O bebê era do sexo masculino, pesava 3,7 kg, tinha 50 cm e “apresentava sinais evidentes de morte e rigidez”, informou os policiais militares no boletim de ocorrência.
De acordo com os policiais, a psicóloga também teria dito que colocou a criança em uma mala e que o escondeu em uma estante depois que percebeu a morte. Ela, então, teria ido com os pais ao hospital pedir ajuda, momento no qual a polícia foi acionada e passou a acompanhar e a apurar as circunstâncias do caso.
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