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CotidianoPulseira repelente funciona? Veja se acessório combate o mosquito da dengue

Pulseira repelente funciona? Veja se acessório combate o mosquito da dengue

Acessórios usados no pulso voltaram a ficar em alta em meio ao aumento dos casos da doença, vendidos com óleos naturais ou como dispositivo ultrassônico

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Em meio à explosão dos casos de dengue no Brasil, diversas alternativas para tentar conter o avanço do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, acabam surgindo. Campinas já tem 22.356 casos confirmados e quatro mortes por dengue.   

Uma das opções que voltou a ficar em alta é a pulseira repelente, que pode ser encontrada por preços que variam de R$ 5 até a faixa dos R$ 80. Além de ser vendida em diversos sites de compra online, há uma série de vídeos de usuários nas redes sociais que aderiram ao produto.   

O acessório é encontrado principalmente com ativos como óleo de citronela, de geraniol e de capim limão, mas também há pulseiras chamadas “ultrassônicas” que prometem “criar ondas sonoras de alta frequência para criar uma barreira sônica” que protegeria de picadas de mosquito.
 

Pulseira repelente funciona?

Apesar da grande disponibilidade desse tipo de produto, a pulseira repelente não é considerada eficaz no combate ao mosquito da dengue, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e especialistas da área de saúde.  

Qualquer inseticida “natural”, à base de citronela, andiroba, óleo de cravo, entre outros, não possuem comprovação de eficácia no combate ao mosquito, de acordo com a Anvisa. Ou seja, assim como as pulseiras, as velas, os odorizantes de ambientes, os limpadores e os incensos que indicam propriedades repelentes de insetos não estão aprovados pela agência.    

“Então, é uma forma fácil de ganhar dinheiro e a pessoa vai se e a grande preocupação é que a pessoa vai se sentir protegida sem estar”, comenta a especialista Raquel Silveira Bello Stucchi, professora da FCM (Faculdade de Ciências Médicas) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).  

Além de não servirem nem para “espantar” o mosquito na região do pulso, Stucchi aponta que essas pulseiras ainda podem causar mal-estar por conta do odor.   

A mesma orientação vale para as pulseiras ultrassônicas, que também não teriam uma eficácia comprovada contra a picada do mosquito.   

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“Essas pulseiras podem ser um enfeite, mas elas não protegem contra a dengue, zika ou chikungunya. É uma enganação”, conclui a professora.  

Recomendação da Anvisa  

A Anvisa destaca que o uso de cosméticos ou pulseiras com repelentes não garante proteção total contra o mosquito da Aedes aegypti. Esses acessórios seriam apenas uma forma “adicional” de tentar evitar as doenças transmitidas pelo inseto.   

Mas, para que tenham eficácia comprovada e sejam seguros (não causem irritação ou outros problemas mais sérios na pele), esses produtos devem ser registrados na Anvisa. Tanto as pulseiras quanto os repelentes para a pele são registrados como cosméticos.   

Na consulta de produtos aprovados pela agência, apenas a pulseira da marca Blue Repel, fabricada pela FBM Indústria Farmacêutica, possui registro ativo.   

Já em relação às pulseiras ultrassônicas, o portal da Anvisa informa que os equipamentos que emitem vibrações, CO2 ou luz, plantas e sementes que funcionariam como atrativos para os mosquitos ou equipamentos com outras tecnologias não são considerados saneantes passíveis de regularização da agência.  

Como se proteger contra a dengue?  

A professora Raquel Stucchi destaca que os repelentes que são indicados no combate à dengue são aqueles de aplicação no corpo ou até eventualmente sobre a roupas. As substâncias aprovadas pela Anvisa para esse tipo de produto são: 

  • Icaridina;  
  • DEET;
  • IR3535.  

“Mas a recomendação é que se use o repelente em áreas expostas, evitando o rosto. O prazo de aplicação varia conforme o produto e a concentração. A orientação de quanto tempo tem que reaplicar está sempre no rótulo do repelente”, explica Stucchi.  


Os cosméticos repelentes regularizados pela Anvisa podem ser consultados aqui, já os saneantes, podem ser conferidos aqui.   

Além dos repelentes no corpo, a melhor forma de prevenção à dengue é eliminar qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouro para o mosquito. Os espaços que precisam ser verificados são latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. É importante, ainda, vedar a caixa d’água e manter fechados os vasos sanitários inutilizados. 

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Vitória Silva
Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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