Com informações de Júnia Vasconcelos/EPTV Campinas
A primeira fase de revitalização do galpão histórico conhecido como “Prédio do Relógio” foi entregue na manhã desta sexta-feira (1º) no Pátio Ferroviário de Campinas. O local é tombado como patrimônio histórico desde 2014 e integra o terreno de 200 mil metros quadrados no Centro da cidade que será usado para ações de cultura, esportes, lazer, tecnologia e habitação (entenda abaixo).
Anunciada em novembro de 2021, a obra no espaço que antes abrigava uma oficina de locomotivas incluiu a troca das vidraças na lateral e na parte superior, além de um novo telhado e uma nova instalação elétrica. A demora, segundo o historiador da Prefeitura de Campinas, Henrique Anunziata, se deu pela análise criteriosa do que poderia ser feito na construção, que foi construída em 1903.
“A análise começou em 2021, porque não é uma obra muito simples de fato. A ideia é que o uso seja compatível para eventos, já que é uma área muito grande, de mais de 5 mil metros quadrados”, explica ele, que lembra que o prédio deve agora abrigar um centro cultural para receber eventos e oficinas culturais.
Anunziata detalha que a segunda fase da revitalização do galpão vai envolver novos pisos e pintura e que um dos planos para a área envolve uma possível apresentação da Orquestra Sinfônica de Campinas em dezembro. Em março do ano que vem também está prevista a realização do Campinas Decor no local.
LEIA TAMBÉM
Setembro inicia com tempo abafado e nova frente fria; veja previsão para início do mês
Apostas de Campinas faturam R$ 110,9 mil com a Mega-Sena; veja números
Importância histórica
O Prédio do Relógio foi inaugurado em 1903. A construção de 120 anos abrigou parte das oficinas da Cia Mogiana, projetadas no final do século XIX. No local, foram construídas, reparadas e conservadas várias locomotivas nos anos 20.
O Pátio Ferroviário
O prédio reformado fica no terreno da região central que tem 200 mil metros quadrados e é conhecido como Pátio Ferroviário. O terreno é foco de um plano da Prefeitura para ações de cultura, esportes e lazer e inclui uma área para cessão onerosa que sediará um hub de ciência, tecnologia e inovação. Além disso, 38 mil metros quadrados serão alienados pela União para programas habitacionais. Os perfis de moradia, porém, ainda não foram detalhados.
Em agosto, o município foi informado pelo Governo Federal sobre os critérios a serem seguidos para que o Pátio Ferroviário seja cedido definitivamente ao município. A série de medidas foi detalhada após a renovação da guarda provisória do terreno da União. Com isso, a cidade terá um ano para “zelar pelo patrimônio histórico e cultural, realizar manutenções e ainda preservar” a área.
De acordo com a secretária de Urbanismo de Campinas, Carolina Baracat, depois da definição, que foi publicada no DOU (Diário Oficial da União), o local será dividido em três partes para que a utilização de cada uma delas tenha as próximas etapas burocráticas e práticas definidas.
“O próximo passo envolve a separação para criar três matrículas: da área de cessão onerosa, de cessão definitiva e a remanescente que será alienada pela União. No restante, há o trecho que será usado pelo TIC (Trem Intercidades) e TIM (Trem Intermetropolitano) e para o futuro Mercado Popular”, argumenta.
A secretária Carolina Baracat diz que o espaço tem importância cultural, histórica e estratégica para Campinas, principalmente por estar na rota dos trens Intercidades e Intermetropolitano. “A área é importante para fomentar uma nova centralidade e requalificar a região”, alega. O Pátio compõe o Prac (Plano de Requalificação da Área Central), conhecido como “Nosso Centro”.
LEIA MAIS
