Investigado por matar um homem baleado e atropelado em agosto, o vereador de Sumaré, Sirineu Araújo (PL), foi afastado da Câmara da cidade por 60 dias. No período, o parlamentar não será remunerado. O pedido foi feito por ele, que alegou “problemas pessoais”, e foi aceito pelos demais membros do Legislativo.
A confirmação ocorreu na sessão desta terça-feira (5), quando um pedido de cassação de um morador contra Araújo foi rejeitado pelos vereadores. Em depoimento feito à Polícia Civil no dia 22 do mês passado, Sirineu disse aos investigadores que agiu em legítima defesa após ser ameaçado (leia abaixo).
A defesa do vereador foi procurada pela produção da EPTV Campinas para comentar os desdobramentos do caso, mas alegou que não se manifestaria.
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Crime e depoimento
O crime aconteceu no dia 19 de agosto no meio de uma rua do Jardim Ipê e foi flagrado em vídeos feitos por testemunhas. Nas imagens, a vítima, Rafael Emídio da Silva, de 39 anos, aparece rastejando no meio da rua depois de ser baleado. Logo depois, ele é atropelado e arrastado por uma caminhonete.
Procurado desde o crime, o vereador procurou a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana de forma espontânea três dias depois. Em depoimento, ele admitiu ser dono da caminhonete, afirmou que estava no local do homicídio e também indicou onde estaria a arma e o veículo, que foi apreendido.
Supostas ameaças
Araújo também contou ter feito dois boletins de ocorrência antes do crime, mas não se sabe se o autor seria o homem assassinado. Ainda de acordo com a polícia, a prisão não foi pedida no dia do depoimento porque o vereador tem endereço fixo e se comprometeu a comparecer à delegacia sempre que chamado.
A partir de agora os investigadores devem comparar a versão apresentada pelo vereador com as imagens e os laudos da perícia. O boletim de ocorrência sobre o crime aponta que a vítima tem antecedentes criminais e que o celular dela foi apreendido no local do crime, Rua José Gomes de Oliveira, em Sumaré.
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