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CotidianoVoepass inicia limpeza de local da queda de avião em Vinhedo; veja como está investigação

Voepass inicia limpeza de local da queda de avião em Vinhedo; veja como está investigação

Segundo a companhia, todos os destroços da aeronave e pertences das vítimas já foram recolhidos. Agora, está sendo feito um trabalho para descontaminar a área

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Com o fim da remoção dos destroços e recolhimento de pertences das vítimas do avião que caiu em Vinhedo e matou 62 pessoas no dia 9 de agosto, a Voepass iniciou, nesta quarta-feira (21), o trabalho de limpeza e descontaminação do local da tragédia.

Segundo a Voepass, todos os destroços da aeronave já foram recolhidos no último domingo (18) e levados para Ribeirão Preto, sede da empresa. Agora é feito um trabalho de ‘pente-fino’ para retirar os resquícios, além de descontaminar a área, que foi atingida por querosene de aviação e os produtos químicos usados para controlar as chamas. A área fica no quintal de uma casa no condomínio Recanto Florido, bairro Capela.

A companhia não informou um prazo para conclusão das atividades. Assim que essa etapa for concluída, a Defesa Civil de Vinhedo vai ao local para avaliar a condição de parte da residência, que foi atingida por uma asa e parte da cauda da aeronave ATR-72-500. O dono da casa segue vivendo com familiares fora da cidade de Vinhedo.

Já a busca por objetos pessoais dos ocupantes da aeronave foi concluída ontem (20), de acordo com a companhia aérea. Tudo que foi encontrado foi levado para a sede da empresa para limpeza, higienização e catalogação. As bagagens e demais pertences ficarão armazenados até que todos os familiares das vítimas sejam indenizados e depois serão entregues às famílias.

A queda do voo 2283 da Voepass em Vinhedo é o maior acidente aéreo no Brasil desde 2007. Ontem, a companhia Voepass informou que deixará de operar voos para 9 destinos até outubro (veja mais aqui).

Qual a causa da queda do avião em Vinhedo?

Ainda não se sabe o que causou o acidente do avião em Vinhedo, mas a queda em espiral sugere a ocorrência de um estol — que acontece quando a aeronave perde a sustentação que lhe permite voar —, segundo especialistas.

O estol é uma situação na qual a asa perde completamente a sustentação útil, o que causa a queda brusca do avião. A depender da altitude e da condição, é possível recuperar a altitude em voo.

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Os especialistas avaliam que a formação de gelo sobre as asas é uma das hipóteses. Meteorologistas do Climatempo apontaram “áreas de instabilidade” e 35% de formação de gelo nas proximidades do local onde o avião caiu.

Apesar disso, são unânimes em afirmar que não existe um único fator que cause um acidente e que é prematuro tirar conclusões a partir dos vídeos ou das informações divulgadas.

Já a transcrição do áudio da caixa-preta mostra que, ao perceber que o avião estava perdendo sustentação, o copiloto disse que era preciso “dar potência” – uma tentativa de estabilizar a aeronave e impedir a queda. Mas isso, infelizmente, não foi possível.

Cerca de um minuto se passou entre a constatação da perda de altitude e o choque do avião contra o solo. Neste tempo, segundo os investigadores, o áudio registra que a tripulação tentou reagir. A gravação é finalizada com gritos e com o estrondo do choque da aeronave contra o chão.

Mesmo assim, em uma análise preliminar, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) não identificou sons característicos de alertas que poderiam “guiar” a investigação sobre as causas, como o alarme de presença de fogo, falha elétrica ou pane no motor.

A confirmação da causa do acidente vai depender da análise de mais registros das caixas-pretas e da combinação de todas essas informações. O relatório preliminar sobre o caso deve ficar pronto em 30 dias.

O que diz a Voepass

O CEO da Voepass Linhas Aéreas, Eduardo Busch, afirmou na noite do acidente que os pilotos eram experientes e que os sistemas operacionais da aeronave estavam todos em funcionamento no momento da decolagem.

“A VOEPASS Linhas Aéreas informa que a aeronave PS-VPB, ATR-72, do voo 2283, decolou de CAC sem nenhuma restrição de voo, com todos os seus sistemas aptos para a realização da operação”.

No primeiro pronunciamento após a tragédia, o presidente da companhia Voepass, comandante José Luiz Felício Filho, expressou solidariedade às famílias das vítimas e destacou que a empresa segue “as melhores práticas internacionais” de segurança. – veja o vídeo aqui.

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Laura Nardi
Laura Nardi
Assistente de Mídias Digitais no ACidade ON Campinas. Graduanda em Jornalismo pela PUC-Campinas, tem passagem pelos portais Tudo EP e Jornal de Valinhos. Adentrou no Grupo EP em 2023 e atua nos conteúdos digitais, enfaticamente com a parte textual.
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