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EconomiaAlta taxa de juros e falta de mão de obra impactam empresas de Campinas, diz pesquisa

Alta taxa de juros e falta de mão de obra impactam empresas de Campinas, diz pesquisa

Pesquisa de sondagem realizada pelo Ciesp mostrou que a escassez de insumos também foi considerada uma dificuldade por empresas da região de Campinas

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Pesquisa de sondagem com indústrias foi realizada pelo Ciesp (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)
Pesquisa de sondagem com indústrias foi realizada pelo Ciesp (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)

As empresas de Campinas apontaram a alta taxa de juros e a falta de mão de obra qualificada como os principais desafios enfrentados nos últimos meses no setor industrial da região. A conclusão consta em uma pesquisa de sondagem realizada pelo Ciesp (Centro de Indústrias do Estado de São Paulo). Segundo o levantamento, 40% das empresas também tiveram dificuldades com a elevada carga tributária. Além disso, foram relatados os desafios em conseguir matérias-primas importadas e foi mencionada uma escassez de insumos nacionais.

Para o diretor do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, os desafios apontados pela indústria regional demonstram de forma bastante clara o prejuízo do chamado Custo Brasil. “Debatido ao longo das últimas décadas, o Custo Brasil prejudica a atividade produtiva e retira a competitividade da indústria nacional”, afirma.

CUSTOS ELEVADOS

Em relação aos custos fixos mais elevados da indústria da região de Campinas, as cinco principais respostas, pela ordem foram:

  • impostos fixos e taxas (37% das respondentes)
  • compra e manutenção de materiais (21%)
  • salários dos colaboradores e pró-labore (17%)
  • contratações e demissões (14%) e energia elétrica, gás e etc. (11%)

Durante a sondagem, os gastos com aluguéis, condomínios e serviços de segurança e limpeza não foram mencionados.

VOLUME DE PRODUÇÃO

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Na avaliação de outros indicadores de desempenho da indústria regional, o diretor do Ciesp-Campinas afirmou que volume de produção, nível de emprego, faturamento e lucratividade “estão em estabilidade, na mesma tendência positiva identificada nos últimos dois meses”. Corrêa ainda destacou que o nível de utilização da capacidade instalada de produção entre 70,1% até 100% foi apontado por 64% das associadas em agosto. Na pesquisa de julho esse mesmo patamar de capacidade instalada foi assinalado por 57% das indústrias respondentes.

“Esse aumento de 7% de empresas nesse patamar, demonstra a tendência positiva que identificamos em outros indicadores em agosto”, explicou o diretor.

 

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BALANÇA COMERCIAL

Em relação aos números da Balança Comercial Regional, em julho de 2022, o valor exportado foi de US$ 326,4 milhões, quantia 35,3% maior que em julho de 2021. Já as importações no mesmo mês foram de US$ 1,4 bilhão, sendo 26,8% maior do que em julho do ano passado. O saldo em julho de 2022 foi negativo em US$ 1 bilhão, o que representa um percentual 24,5% maior do que o registrado em julho de 2021.

A corrente de comércio exterior regional (soma das exportações e importações) em julho de 2022 foi de US$ 1,7 bilhão, 28,3% maior que em julho do ano passado. Em julho os principais municípios exportadores da Regional Campinas do Ciesp foram, pela ordem:

  • Paulínia (30,7%)
  • Campinas (25,6%)
  • Sumaré (9,7%)
  • Mogi Guaçu (9,4%) 
  • Valinhos (4,8%)

Os três principais segmentos exportadores foram máquinas, caldeiras e aparelhos mecânicos e suas partes; produtos plásticos e derivados e produtos farmacêuticos. Já os municípios que mais importaram foram:

  • Paulínia (53,1%)
  • Campinas (18,5%)
  • Sumaré (9,3%)
  • Jaguariúna (6,6%) 
  • Hortolândia (5,7%)

Os principais segmentos importadores foram produtos químicos orgânicos; produtos químicos diversos e máquinas, aparelhos, materiais elétricos, aparelhos de gravação e reprodução. O Ciesp-Campinas conta com 548 empresas associadas, distribuídas em 19 municípios da região. O faturamento conjunto das empresas associadas é de R$ 52 bilhões ao ano. Conjuntamente essas empresas empregam 97.894 colaboradores.

 

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