A partir de hoje (15), cidadãos e empresas nacionais e estrangeiros podem consultar a situação dos investimentos públicos e privados no Brasil. O Camex (Comitê Nacional de Investimentos da Câmara de Comércio Exterior) do Ministério da Economia lançou o Portal Único de Informações sobre Investimentos.
A plataforma consolida, em português e inglês, as principais informações dos órgãos federais sobre investimento. Na próxima fase, o portal incluirá links dos órgãos estaduais que integram a Rede de Pontos Focais do OID (Ombudsman de Investimentos Diretos).
Apesar de ser destinada ao público estrangeiro, a página também pode ser consultada por investidores brasileiros. Segundo a Camex, o mecanismo de consulta já segue as normas de transparência do futuro Acordo sobre a Facilitação do Investimento para o Desenvolvimento, em negociação na OMC (Organização Mundial do Comércio).
LEIA TAMBÉM
IBGE: volume de serviços sobe em 4 de 5 atividades em julho ante julho de 2021
Mercado financeiro reduz projeção da inflação e aumenta previsão do PIB
CONTEÚDO
As informações consolidadas abordam quatro grandes temas: acordos internacionais; facilitação de investimento (apoio ao investidor); oportunidades de investimento; legislação e regulação. Os dados foram compilados ao longo de várias reuniões com órgãos e agências da Rede de Pontos Focais do OID, que indicaram os links oficiais sobre cada tema.
O trabalho foi coordenado pela Sinve (Subsecretaria de Investimentos Estrangeiros) da Camex, com o apoio do Ministério da Infraestrutura e da Secretaria Especial de Parcerias Públicas de Investimentos do Ministério da Economia.
CONDUTA EMPRESARIAL
Na mesma reunião, o Comitê Nacional de Investimentos da Camex aprovou o Pacer (Plano de Ação em Conduta Empresarial Responsável). O cumprimento de diretrizes e de políticas empresariais responsáveis é um dos requisitos para a acessão do Brasil à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
O plano pretende mapear as políticas públicas relacionadas ao tema, melhorar a coerência entre elas e propor novas ações. Ele foi elaborado com base em planos desenvolvidos por outros países – como os Estados Unidos e a França.
Segundo o Ministério da Economia, o plano tem um escopo mais amplo, abrangendo diretrizes de direitos humanos; emprego e relações do trabalho; meio ambiente; combate à corrupção; interesses do consumidor e concorrência.
O plano também aborda iniciativas em que o Estado promove a conduta empresarial responsável, como acordos comerciais e de investimentos, mecanismo de crédito à exportação e finanças sustentáveis, entre outros temas.
Foram incluídas no plano iniciativas relacionadas às políticas ambiental, social e governança (ESG, na sigla em inglês), com o objetivo de promover investimentos mais qualificados e estimular a implementação das melhores práticas no governo e no setor empresarial.
LEIA MAIS
Atividade econômica tem alta de 1,17% em julho, diz Banco Central