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EconomiaPreço da carne registra maior alta dos últimos quatro anos

Preço da carne registra maior alta dos últimos quatro anos

Contrafilé é o corte mais afetado, com aumento de 3,79%; de acordo com economista, inflação da carne tem relação com o clima

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O preço da carne no Brasil registrou uma alta de 2,97% em setembro, segundo o relatório do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (9). A variação é a maior registrada nos últimos quatro anos.

Entre os cortes mais afetados, o contrafilé liderou a alta, com um aumento de 3,79%. Outros cortes populares na mesa do brasileiro também sofreram reajustes, como a costela, com alta de 3,1%, o patinho, com 3,15%, e a alcatra, com 3,02%.

De acordo com o economista Ricardo Buso, os fatores climáticos tiveram um impacto importante na alta da carne. Ainda assim, é necessário levar outros fatores em consideração.

“Uma conjunção de fatores levou a esse resultado, a começar pelo mais conhecido deles, o impacto dos efeitos climáticos, que reduziu a oferta de animais para o abate e elevou os custos de manutenção na propriedade. Mas não é só. A demanda segue muito aquecida, tanto pelo aumento de emprego e renda no Brasil quanto pelo recorde das exportações, que retira o produto do mercado doméstico”,

explica.

Ainda, de acordo com Buso, o cenário em outubro ainda deve ser de alta nos preços.

“Não é esperada a reversão do movimento no curto prazo, ao menos no decorrer de outubro. A situação pode mudar se o produtor se sentir estimulado pelos novos preços e elevar a programação de abates. Porém, a manutenção de preços elevados tem o poder de provocar uma correção de preços também nas chamadas proteínas substitutas às carnes vermelhas, como ovos e peixes, o que traz um cenário de maior pressão para inflação de alimentos”,

ressalta o economista sobre o cenário.

Essa é a segunda alta consecutiva nos preços das carnes, após seis meses seguidos de deflação, registrados pelo IPCA entre fevereiro e junho deste ano.

“A variação de 2,97% nos preços das carnes na leitura de setembro do IPCA representou a maior alta mensal no subgrupo desde dezembro de 2020. O movimento do mês levou o acumulado de 12 meses a fechar em alta de 2,92%, já que vinha no campo negativo até então”,

explica Buso.

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Além dos reajustes nos cortes, o preço da arroba do boi gordo atingiu o maior valor em mais de um ano, sendo cotado a R$ 294,20 (US$ 53,18). Esse valor é significativamente superior ao registrado no primeiro trimestre de 2024, quando a arroba era vendida por R$ 215.

Quais carnes ficaram mais caras em setembro?

  • Contrafilé: 3,79%
  • Carne de porco: 3,67%
  • Patinho: 3,15%
  • Costela: 3,1%
  • Pá: 3,04%
  • Alcatra: 3,02%
  • Acém: 2,96%
  • Lagarto redondo: 2,72%
  • Lagarto comum: 2,67%
  • Filé-mignon: 2,47%
  • Chã de dentro: 2,44%
  • Peito: 2,21%
  • Músculo: 1,56%
  • Fígado: 0,83%
  • Cupim: 0,46%
  • Picanha: 0,12%

IPCA registra alta de 0,44% em setembro

O índice geral da inflação de setembro fechou em 0,44%, de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), representando um aumento de 0,46 ponto percentual em relação ao mês anterior, que registrou uma leve deflação de -0,02%.

Um dos principais fatores que impulsionaram esse resultado foi a alta na conta de energia elétrica residencial. Em setembro, o custo com energia subiu 5,36%, após ter registrado uma queda de -2,77% em agosto.

“A mudança de bandeira tarifária de verde em agosto, onde não havia cobrança adicional nas contas de luz, para vermelha patamar um, por causa do nível dos reservatórios, foi o principal motivo para essa alta. A bandeira vermelha – patamar um – acrescenta R$ 4,46, aproximadamente, a cada 100 kwh consumidos”,

explicou o gerente da pesquisa, André Almeida, em nota divulgada pelo IBGE.

Além do aumento na energia elétrica, o grupo alimentação e bebidas também influenciou a aceleração do IPCA, registrando uma alta de 0,50% após dois meses consecutivos de queda.

Por outro lado, o item despesas pessoais apresentou a queda mais significativa do levantamento, com uma redução de -0,31%. O subitem cinema, teatro e concertos registrou uma queda expressiva de 8,75%, impactando o índice geral em -0,04 ponto percentual.

“Em setembro, ocorreu a semana do cinema, uma campanha nacional em que diversas redes ao redor do país praticaram preços promocionais ao longo de uma semana. Essas promoções contribuíram para a queda de mais de 8% neste subitem”,

completou o analista do IBGE.

No acumulado do ano, a inflação registra uma alta de 3,31%, enquanto nos últimos 12 meses o índice é de 4,42%.

Veja qual foi o resultado do IPCA de setembro por categoria:

  • Índice Geral – alta de 0,44%
  • Alimentação e bebidas – alta de 0,50%
  • Habitação – alta de 1,80%
  • Artigos de residência – queda de 0,19%
  • Vestuário – alta de 0,18%
  • Transportes – alta de 0,14%
  • Saúde e cuidados pessoais – alta de 0,46%
  • Despesas pessoas – queda de 0,31%
  • Educação – alta de 0,05%
  • Comunicação – queda de 0,05%

    Com informações da Agência Brasil

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Giovanna Peterlevitz
Giovanna Peterlevitz
Repórter no ACidade On Campinas. Tem experiência na cobertura de grandes factuais nacionais e internacionais, nas diversas áreas de jornalismo. Já atuou em direção de imagens, edição de vídeo, produção, reportagem, redação e edição de textos e também na apresentação de telejornais e programas de entrevista.
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