O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e a Toyota fecharam na quinta-feira (22) o maior acordo de salários e benefícios da história das montadoras no Brasil – segundo informações fornecidas por ambos. A empresa pagará 45 salários-mínimos (R$ 73.800), além de dois salários extras (R$ 3.340) por ano trabalhado para todos aqueles que optarem por sair da planta de Indaiatuba até julho de 2026.
Mas, segundo o sindicato, não se trata de um simples PDV (Plano de Demissão Voluntária) porque os trabalhadores que quiserem ainda terão a opção de migrar para a planta de Sorocaba – onde serão fortificadas as operações da Toyota no Brasil. O acordo prevê ainda estabilidade de emprego para os trabalhadores que forem realocados.
Entre estes, os que optarem pela transferência, mas sem mudança de residência, receberão dois salários mais R$ 15 mil. Já os que se mudarem para Sorocaba receberão este montante mais 2,4 salários.
Os que forem transferidos terão ainda um prazo de até 7 meses para se arrependerem e optarem pela demissão. “Caso isso ocorra, podem pedir desligamento, recebendo os direitos com base no pacote de benefícios. Neste caso, serão descontados os valores recebidos na transferência”, informa o sindicato campineiro.
Mas por que a Toyota de Indaiatuba vai fechar?
De acordo com a Toyota, o fechamento da planta de Indaiatuba faz parte do plano da empresa de expandir a produção brasileira em Sorocaba. A companhia nega dificuldades financeiras. Pelo contrário, em março anunciou que fará um investimento no Brasil de R$ 11 bilhões até 2030, para ampliar a capacidade produtiva. Os investimentos incluem a ampliação da capacidade de produção de veículos e motores com tecnologia híbrida flex.
“Esses investimentos foram viabilizados por iniciativas favoráveis implementadas pelo estado de São Paulo. Desse montante, R$ 5 bilhões já estão confirmados até 2026 e incluem a produção de um novo veículo compacto híbrido flex, já anunciado no ano passado e com previsão de produção para 2025, além da produção de outro modelo com a mesma tecnologia, desenvolvido especialmente para o Brasil”, informa a companhia.
Veículos flex: a expansão de Sorocaba
“Os novos investimentos viabilizarão a expansão do parque fabril da empresa em Sorocaba, que atualmente funciona a plena capacidade, uma consequência direta da elevada procura, no mercado nacional e internacional, por veículos eletrificados produzidos no país. Para efetivar essa significativa expansão da capacidade produtiva, será necessário construir novas instalações no local, para as quais serão transferidas as operações produtivas de Indaiatuba. Isto ocorrerá de forma gradual, a partir de meados de 2025, com conclusão prevista para o final de 2026, complementa.
A planta de Indaiatuba conta com 1.500 trabalhadores, de acordo com a Toyota.
Ainda segundo a empresa, a transição “visa a manutenção de 100% dos empregos e a criação de 500 novos postos de trabalho na planta de Sorocaba, com o objetivo de apoiar o crescimento da capacidade produtiva. As contratações terão início em meados de 2026 e, até 2030, deverão alcançar 2 mil novos empregos diretos. Somando-se aos empregos indiretos, essa iniciativa pode representar aproximadamente 10 mil postos de trabalho”.
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