A venda de imóveis na região de Campinas caiu em julho, de acordo com levantamento do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) de Campinas. Em contrapartida, o número de contratos de aluguel registrou alta.
O estudo do Conselho mostrou a mudança no comportamento do mercado imobiliário. Segundo os dados, em julho a queda na venda de imóveis na região foi de 11,24% em relação ao mês anterior.
Nesse mesmo período, locações aumentaram 22,12%. A pesquisa com foi feita com 113 imobiliárias e corretores da região de Campinas, incluindo as cidades de Americana, Santa Bárbara d’oeste, Sumaré e Hortolândia.
TIPOS DE VENDAS
Segundo o Delegado Regional do Creci José Carlos Sioto, a mudança no comportamento do cliente mudou por conta de fatores como venda informal e também os juros altos.
“Nós temos a casa verde e amarela, que realmente essa deu um pouco de queda. Por quê? Porque as vendas ficaram informais. A tendência é de retomada para o próximo ano. A classe média que deu um pouquinho de queda também, em torno de 40% até maio, junho. E agora tem ascensão, de média de 30%”, disse.
Ainda de acordo com ele, as vendas de alto padrão, no entanto, continuaram normais.
“Já a locação teve aumento entre 15% e 20% no último mês. O pessoal que não conseguiu comprar foi para locação. Principalmente locação de R$ 800 a R$ 1,5 mil. Outra surpresa que tivemos foi a locação de R$ 2 mil a R$ 3 mil, que também subiu neste sentido”.
ALUGUEL OU COMPRA?
O estudante Pedro Fioravante disse que nem chegou a cogitar a possiblidade de comprar um imóvel.
“Vim direto pro aluguel. Acredito que por questão financeira, de investimento, não compensa. E também porque não teria o dinheiro para pagar o apartamento, ou mesmo até financiar”, disse.
Ele disse ainda que sentiu um “boom” no preço dos alugueis depois da pandemia. “Acho que por conta da demanda, muita gente voltando da cidade natal, né? Que é o meu caso. E os preços aumentaram muito, realmente, principalmente para estudante”.