A vereadora Ana Pavão (PL), de Piracicaba, morreu hoje (15) aos 45 anos. A parlamentar que lutava contra um câncer havia se afastado da Casa de Leis para seguir com seu tratamento. O presidente da Casa, Wagner Oliveira (Cidadania), decretou luto de três dias no Legislativo. Em função da morte, não haverá expediente nesta quarta-feira (16) na Câmara da cidade e todas as atividades previstas para o período foram canceladas.
A morte da parlamentar foi confirmada pelo seu gabinete, em postagem nas redes sociais.
“É com profundo pesar que informamos o falecimento da vereadora Ana Pavão (PL), que representava com dedicação e empenho a cidade de Piracicaba. A vereadora lutava bravamente contra um câncer e aprouve ao Senhor recolhê-la neste dia”, informou o comunicado.
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Ana Pavão estava em tratamento domiciliar até a tarde de segunda-feira (14), quando seu quadro se agravou e seguiu para a Santa Casa de Piracicaba. Ontem mesmo ela enviou ofício à presidência da Câmara sobre o pedido de licença do cargo, por motivos de saúde, entre os dias 11 de agosto e 10 de outubro.
Ainda não há informações sobre o velório e enterro.
Perda para Piracicaba
O presidente da Câmara disse que a perda da vereadora é para toda a sociedade piracicabana. “Ela deixa um legado de prestação de serviços, dedicação e muito trabalho em prol da sociedade”, afirmou.
Quem foi?
Eleita para a legislatura 2021-2024 com 1.348 votos, Ana Pavão era filiada ao PL (Partido Liberal) e exercia seu primeiro mandato na Câmara. No biênio 2021-2022, ocupou o cargo de primeira-secretária da Mesa Diretora.
Piracicabana, nasceu em 19 de março de 1978 e deixa o marido Alexandre Ricardo Pavão, de 45 anos, e os filhos Filipe, de 22, e João Pedro, de 12, além da mãe Maria Madalena Pagotto Batista, de 75 anos, e a irmã Ana Paula.
Como assistente social, Ana Pavão se considerava “especialista em pessoas”, título que lhe trouxe confiança para desempenhar a função. Com mais de 20 anos de experiência na área da saúde, a parlamentar tratava o tema como prioridade em seu mandato.
Em fevereiro de 2013, Ana Lúcia foi surpreendida com a notícia de um câncer de apêndice, algo raro na medicina e com tamanho já avançado. Foi operada e encaminhada mais tarde para uma cirurgia de grande porte no Hospital AC Camargo, onde ficou por mais de 12 horas no centro cirúrgico.
Em 2016, optou por concorrer pela primeira ao cargo de vereadora, mas como ainda estava em tratamento do câncer de apêndice, deixou de divulgar a candidatura. Mesmo assim, angariou 988 votos.
A quantidade expressiva de votos, mesmo sem campanha, intensificou o desejo de investir e crescer mais na carreira política. Em 2018, candidatou-se ao cargo de deputada estadual e, apesar de não eleita, conquistou 6.302 votos.