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coronavirusLaboratório móvel do Butantan monitora variantes no estado de SP

Laboratório móvel do Butantan monitora variantes no estado de SP

Atualmente, há 25 variantes do novo coronavírus no Estado, conforme informações do último Boletim Epidemiológico

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Laboratório móvel do Instituto Butantan (Foto: Divulgação / Butantan)

 
Tecnologia de ponta, com capacidade para até 500 análises clínicas diárias, equipamentos de sequenciamento genômico, janelas por todos os lados para aproximar a população da ciência. Este é o Lab Móvel do Butantan, o laboratório itinerante para o diagnóstico de exames de Covid-19 e sequenciamento genômico do vírus SARS-CoV-2 que começou nesta semana a percorrer o interior do estado de São Paulo.

“O contêiner é parte de uma estratégia ampla que envolve desde a realização dos testes de identificação do vírus, que começou ano passado com a realização de exames PCR [proteína C-reativa], quando foi criada uma rede no estado que chegou a fazer até 20 mil testes por dia. Mais recentemente, parte dessas amostras passou a ser genotipada, exatamente para fazer a identificação de variantes”, explica o presidente do Butantan, Dimas Covas, referindo-se à Rede de Laboratórios para Diagnóstico do Coronavírus SARS-CoV-2.

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A iniciativa reúne 29 laboratórios que atuam de forma colaborativa e organizada para entregar, em até 72h, os laudos de exames de Covid-19 aos pacientes paulistas o quanto antes. Desde abril de 2020, quando a rede foi formada, mais de 3,4 milhões de testes diagnósticos foram realizados.

Quando as variantes do SARS-CoV-2 começaram a se tornar uma preocupação no combate à pandemia, o Butantan deu um novo passo e organizou a Rede de Alerta das Variantes do SARS-CoV-2. A nova iniciativa reúne sete laboratórios e realiza o sequenciamento genômico de uma porcentagem das amostras dos resultados diagnósticos positivos para Covid-19 analisados pela Rede de Laboratórios para Diagnóstico do Coronavírus SARS-CoV-2. É justamente a expertise das duas redes – de diagnóstico e de alerta das variantes – que está na base do desenvolvimento do Lab Móvel.

“Esse contêiner é uma unidade itinerante de alta complexidade para fazer a identificação de grande volume no local em que as variantes estão circulando. É um laboratório de sequenciamento completo”, detalha Dimas Covas.

Por meio do sequenciamento genômico de parte das amostras que deram positivo no exame RT-PCR, é possível saber quais são as regiões mais críticas e as variantes predominantes em cada Departamentos Regionais de Saúde (DRS). Este processo demora de dez a 12 dias. E para frear a propagação de uma variante, é preciso agir com rapidez – e é aí que entra o Lab Móvel. Atualmente, há 25 variantes do novo coronavírus no estado de São Paulo, conforme informações do último Boletim Epidemiológico da Rede de Alerta das Variantes.

“Isso é consequência de uma história que a gente vem contando. Nós buscamos sempre aprimorar e diminuir o tempo de entrega, aumentar a eficiência da entrega dos resultados” explica a vice-diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Butantan, Maria Carolina Sabagga. “Quanto mais cedo temos o resultado, mais rápido podemos contá-lo para as vigilâncias epidemiológicas, para que o estado tome as devidas ações de políticas públicas, para conter a disseminação do vírus e de variantes específicas”, completa ela. 

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O Lab Móvel vai ficar uma semana em cada cidade para entender qual variante predomina na região, e assim, saber como combatê-lo. “Ao invés de receber amostra, nós vamos aos municípios que são estratégicos, ou seja, municípios que têm um aumento de casos ou a mudança do cenário pandêmico do ponto de vista das variantes”, conta a diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Butantan, Sandra Coccuzzo Sampaio. “De uma maneira muito mais ágil, vamos conseguir ir para o município e fazer o mapeamento”, elucida.

O contêiner conta com paredes de vidro para que a população das cidades que recebem o Lab Móvel possa acompanhar o processo de testagem. O objetivo é aguçar a curiosidade e vontade de quem quer aprender mais sobre ciência, aproximando as pessoas do trabalho dos cientistas e mostrando a relevância e impacto dos testes. Em breve, os municípios poderão levar os estudantes até o caminhão, promovendo também uma experiência educativa para crianças e adolescentes.

A primeira cidade a receber o Lab Móvel, que é desenvolvido em parceria com a empresa de tecnologia Loccus, é Aparecida. O plano é que, no futuro, o contêiner seja usado também para ajudar no combate de outras doenças, como H1N1, HPV e dengue. 

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