O diretor regional do Simesp (Sindicado dos Médicos no Estado de São Paulo), Ulysses Strogoff de Matos, chamou a atenção nesta quinta-feira (14) para questões ligadas à Saúde pública de Ribeirão Preto e disse ser caótica a situação do município, em relação à covid-19.
Em entrevista à rádio CBN, pertencente ao Grupo EPTV, ele disse que mais vagas de internações precisam ser abertas com urgência e profissionais contratados para atender a demanda de casos positivos, ainda mais intensa nas primeiras semanas de 2021.
A cidade conta, atualmente, com quase 42 mil infecções já constatadas e permanece com as taxas de ocupação de leitos cada dia mais altas – até a publicação desta matéria, os índices gerais, referentes ao SUS e à rede privada, eram de 71,91% nas UTIs e 71,17% nas enfermarias.
Esses problemas “já estavam em pauta, porque há muito tempo faltam equipes e a valorização delas. Mas, agora, é urgente. E digo mais: de urgente, pode se fazer chegar a emergente, porque não sabemos como as coisas vão se desdobrar nas próximas semanas”, opina o especialista.
A preocupação de Matos reflete, ainda, as festas de final de ano, que já começaram a resultar efeito nos balanços do novo coronavírus.
O diretor do Simesp revelou que não apenas os leitos estão cada vez mais escassos em Ribeirão Preto – principalmente no Hospital das Clínicas -, mas também aparelhos fundamentais para a recuperação dos pacientes internados com covid-19, como respiradores e oxigênios.
O alerta, portanto, continua ligado e os sistemas de monitoramento da pandemia em alta – tudo isso, ainda de acordo com o Sindicato, para evitar um possível colapso da Saúde.