Já falamos sobre reserva de emergência, consumo consciente e investimentos muitas vezes aqui na coluna. Organização financeira permite ter um pouco mais de tranquilidade para passar pelas adversidades.
Passamos por momentos bem desafiadores nestes últimos anos. Agora acabaram as eleições, logo vem a Copa do Mundo e o final de ano. Mas até lá onde investir? Mudanças táticas precisam ser feitas na carteira de investimentos?
Para quem está posicionado em ações, o importante é a proporção correta de exposição para que você fique confortável e, caso não esteja, ao invés de sair resgatando tudo, existem algumas operações contrárias que podem ser feitas, comprando opções de venda de contratos futuros ou utilizando derivativos como forma de proteção desta parte do seu patrimônio, o que pode ser uma alternativa adequada. Caso aconteça uma alta, você não fica de fora, mas se a bolsa cair a proteção te ajuda a não sair no prejuízo.
Sobre as aplicações nos papeis do tesouro, o segredo é paciência, optar por comprar ativos com prazos diferentes e tipos de papeis diferentes, diversificação para a carteira de investimentos, risco soberano, ou seja, são os papéis de menor risco no país.
Fundos de investimentos, CDBS e outros ativos de renda fixa, como Debêntures, CRIS, CRAS, LCI ou LCAS fazem parte de uma carteira de investimentos saudável. A curva de juros e as incertezas podem levar as taxas dos pré-fixados a patamares mais altos, que são boas oportunidades de comprar.
Os pré-fixados são para quem tem horizonte de aplicação mais longo, pois garantem que na data de vencimento, você receba o principal mais a taxa contratada no início da aplicação, então você tem previsibilidade de qual será o resultado deste investimento no final.
Qual o risco dos pré-fixados?
Vamos pensar em papel que pague IPCA+6%. Ele te traz essa segurança de saber que vai render inflação + 6% se deixar aplicado até o vencimento, mas no meio do caminho existem oscilações.
O importante é entender as regras do jogo. A Renda Fixa, por ter esse nome, pode dar a entender que é um tipo de investimento de baixo risco que não vai te trazer surpresa, mas se você precisar resgatar antes do vencimento, a cotação é a mercado, esse ativo será vendido pelo preço que está sendo negociado naquele momento, conforme oferta e demanda, podendo gerar um ágio (lucro para o vendedor) ou um deságio (prejuízo para o vendedor).
Então a renda fixa também oscila? Sim! Saber a hora de vender pode fazer toda a diferença, te trazendo ganhos até maiores do que havia sido contratado até o vencimento, ou também poderá fazer você perder dinheiro.
A escolha dos ativos de renda fixa é muito importante. Estudar as empresas, verificar qual o rating delas. Helen, o que é rating? Calma, vamos lá!
Rating é a nota dada a empresa que classifica a sua qualidade de crédito. Você já ouviu falar sobre a nota de crédito do Brasil? É o grau de investimentos e essa mesma classificação existe para as empresas e são as mesmas agências que classificam o grau de risco país que fazem essa classificação das empresas.
Fitch, Standard & Poor’s e Moody’s são as agências de classificação de risco mais conhecidas.
Standard & Poor’s (S&P):
Nota – Nível de risco
AAA – Mais alta qualidade
AA – Qualidade muito alta
A – Qualidade alta
BBB – Boa qualidade
BB – Especulativo
B – Altamente especulativo
CCC – Risco substancial
CC – Risco muito alto
C – Risco excepcionalmente alto
D – Inadimplente
Moody’s:
Nota – Nível de risco
Aaa – Mais alta qualidade
Aa1, Aa2, Aa3 – Qualidade muito alta
A1, A2, A3 – Qualidade alta
Baa1, Baa2, Baa3 – Boa qualidade
Ba1, Ba2 – Especulativo
B1, B2, B3 – Altamente especulativo
Caa1, Caa2, Caa3 – Risco substancial
Ca – Risco muito alto
C – Risco excepcionalmente alto
Fitch Ratings:
Nota Nível de risco
AAA – Mais alta qualidade
AA – Qualidade muito alta
A – Qualidade alta
BBB – Boa qualidade
BB – Especulativo
B – Altamente especulativo
CCC – Risco substancial
CC – Risco muito alto
C – Risco excepcionalmente alto
É um pouco complexo mesmo. São muitos detalhes para cuidar.
Isso só reforça a importância de ter a pessoa certa para te assessorar. Isso é fundamental!
O papel do assessor de investimentos está cada vez mais em voga. Quando você precisa de um advogado, um médico você procura um especialista e de preferência o melhor que encontrar, não é mesmo?
Não ter um assessor de investimentos é o mesmo que se defender sozinho em uma audiência ao invés de levar um advogado, ou então se medicar em casa ao invés de ir ao médico quando você está doente.