O Tribunal de Justiça Militar (TJMSP) informou, nesta quinta-feira (3), que o policial acusado de atirar e matar um comerciante de 27 anos, em Orlândia, cidade na região de Ribeirão Preto, foi solto novamente.
O cabo Artur Filgueiras Cintra, de 28 anos, teve a prisão preventiva decretada pelo tribunal na noite desta quarta-feira (2), onde deveria ser cumprida no presídio Romão Gomes, em São Paulo, no entanto, foi liberado após passar por audiência de custódia com o juiz de garantias da 5ª Auditoria Militar Estadual (AME).
Conforme nota do TJMSP, os autos do inquérito foram encaminhados para a Justiça Comum, onde, anteriormente, o acusado já havia recebido o mesmo benefício e deveria seguir medidas cautelares impostas.
O que aconteceu?
João Victor Moura Rangon, de 27 anos, morreu após ser baleado na cabeça durante uma abordagem da PM em Orlândia, na madrugada de quarta-feira (2).
Conforme o boletim de ocorrência (BO), o comerciante dirigia um Ford Focus branco com o irmão como passageiro, quando teriam desrespeitado uma ordem de parada da PM e iniciado fuga.
No registro consta que os policiais conseguiram abordar o veículo na avenida Quatro, região central de Orlândia, somente depois de os irmãos terem seguido com o carro em direção a Sales Oliveira, Morro Agudo e São Joaquim da Barra, e, em seguida, retornado para Orlândia.
Como foi a abordagem?
Câmeras de segurança registraram a abordagem policial. Nas imagens é possível ver o irmão da vítima, Gabriel Henrique de Moura Rangon, de 24 anos, sendo agredido.
Ainda de acordo com as informações do BO, por motivos a serem esclarecidos, a arma de fogo empunhada pelo policial militar disparou e atingiu João Victor na cabeça. Ele chegou a ser socorrido, mas chegou sem vida ao hospital.
Nada de ilícito foi localizado com os homens ou no veículo em que eles estavam.
O que diz o policial?
Em depoimento à Polícia Civil, o agente teria permanecido em silêncio ao ser questionado sobre a ação. Contudo, um colega do acusado que participou da ocorrência, afirmou ter ouvido dele que o disparo realizado foi acidental.
A defesa do policial informou à EPTV que, durante as investigações, vai ser provada a legalidade da ação policial.
O major da Polícia Militar, Hélder Antônio de Paula, informou que a ação que terminou com a abordagem de João Victor Moura Rangon e do irmão, ocorreu dentro dos protocolos e que as causas do disparo da arma de fogo deverão ser apuradas em um inquérito.
Por que ele o rapaz não parou o carro?
Conforme a mãe de João Victor Moura Rangon, o filho não teria parado após receber a ordem de parada, pois ele estava com um copo de bebida alcoólica no interior do veículo.
A mãe do rapaz ainda disse que espera por justiça pela morte do filho. “[Espero] Justiça de Deus, em primeiro lugar, porque Deus é maravilhoso e está na minha vida. Ele sempre esteve e eu sempre passei a fé para os meus filhos. E eu quero a justiça do homem aqui, que o homem coloque esse policial na cadeia e tire a farda dele”.
*Com informações da EPTV
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