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CotidianoPadre agiu em legítima defesa ao atropelar suspeito de furto, diz advogado

Padre agiu em legítima defesa ao atropelar suspeito de furto, diz advogado

Caso aconteceu no ultimo sábado (7) em Santa Cruz do Rio Pardo; Padre se apresentou nesta quarta-feira (11) no Fórum da cidade

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Padre Gustavo Trindade dos Santos atropelou um suspeito de furto – Foto: Reprodução

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O advogado César Augusto Moreira que defende o frei Gustavo Trindade dos Santos, de 37 anos, acusado de atropelar um suspeito de furto a uma igreja em Santa Cruz do Rio Pardo, disse nesta quarta-feira (11) que seu cliente agiu em legítima defesa do patrimônio.   

No início da tarde de hoje, o padre se apresentou no Fórum da cidade. Ele deve permanecer por dois dias em Ribeirão Preto, sua cidade natal, antes de ir para o convento Santo Alberto Magno, no bairro de Perdizes, na capital paulista. Ele deve ser ouvido por carta precatória.  

VEJA TAMBÉM – Veja como ficou carro usado por padre para atropelar suspeito de furto

Em entrevista ao portal G1 de Ribeirão, o advogado crítica a acusação feita pela Polícia Civil, que investiga o caso como homicídio tentado e omissão de socorro. Ângelo Marcos dos Santos Nogueira, de 40 anos, suspeito do furto à paróquia segue internado na Santa Casa de Misericórdia de Ourinhos. 

“O frei esperou o alarme que estava tocando na casa paroquial, espera o serviço de alarme e, enquanto isso, o ladrão pulou o muro e ele tentou deter o ladrão. E qual foi o meio que ele tentou deter o ladrão? Jogou o carro ao ladrão. Legítima defesa do patrimônio e exercício regular de direito”, afirmou o advogado.

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O advogado ainda informou que o frei relatou que a paróquia é alvo constante de furtos e citou o artigo 301 do Código de Processo Penal, que diz que qualquer cidadão pode deter alguém que esteja em situação flagrante.

“Qualquer pessoa faria aquilo e mais, se ele não tivesse agido em legítima defesa, o freio tinha o direito de prender [o ladrão] em flagrante (…). A lei diz que qualquer um pode prender uma pessoa que estiver em situação de flagrante. Agora estão querendo transformar o frei de vítima, em vilão”, conclui. 

Pedido de previsão

Nesta terça-feira (10) a Justiça negou o pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Civil contra o frei Gustavo. O Ministério Público havia recomendado o indeferimento do pedido.

A justificativa é de que o padre não oferece risco, e que os advogados dele estão colaborando com as investigações, aponta em sua decisão o juiz Pedro de Castro e Sousa.

Já Ângelo teve a prisão preventiva decretada ainda no sábado (7) após ser socorrido do atropelamento. Ele deve passar por audiência de custódia quando receber alta do hospital.

Segundo o boletim de ocorrência Ângelo furtou a casa paroquial da Igreja São Sebastião arrombando uma das janelas. Ele fugiu do local levando três moletons e uma camiseta.

O homem também é o principal suspeito de um outro furto à paróquia, realizado na última quinta-feira (5), onde foram levados R$ 40 reais em moedas. 

Consternado e arrependido

Desde o ocorrido, o padre só se manifestou publicamente via uma nota compartilhada pela Diocese de Ourinho e assinada pelo frei André Luís Tavares, provincial dos Frades Dominicanos do Brasil, e pelo dom Eduardo Vieira dos Santos, Bispo de Ourinhos.

“Informamos que frei Gustavo se encontra profundamente consternado e arrependido pelo trágico desfecho e conclama a todos os fiéis por orações pela vida do sr. Ângelo Nogueira, que está em recuperação da UTI da Santa Casa da cidade”, escreve a nota.

Ainda segundo o comunicado, Freio Gustavo está cooperando com as investigações e se colocou à disposição da justiça para os esclarecimentos necessários e eventual responsabilização.   

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