Começou nesta terça-feira (21) a greve dos motoristas de ônibus de Ribeirão Preto. Com isso, os 340 veículos que compõem a frota do transporte coletivo na cidade ficaram nas garagens das empresas de ônibus. Ainda não há previsão de quanto o serviço deve voltar a operar.
De acordo com o Seeturp (Sindicato dos Empregados do Transporte Urbano de Ribeirão Preto), ainda não houve avanços nas negociações entre os trabalhadores e o consórcio PróUrbano, responsável pela gestão do transporte coletivo na cidade.
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“Agora, a gente espera que venha, da parte deles, uma nova negociação, uma intervenção do prefeito para que se extinga isso. Nós não temos uma previsão”, declarou João Henrique Bueno, presidente do Seeturp, à EPTV.
Enquanto isso, o PróUrbano disse que entende que a proposta de reajuste apresentada ao longo das negociações aos motoristas é justa (recomposição de 12,47% apenas nos salários), por conta da situação econômica que vive o País.
O consórcio ainda disse que nesta terça-feira iria acionar o Tribunal Regional do Trabalho, que fica em Campinas. O objetivo das empresas é fazer com que, pelo menos, parte da frota de ônibus volte a circular.
Bueno afirma que, caso alguma decisão seja tomada pela Justiça a favor das empresas de ônibus, os motoristas vão retornar aos postos. “Decisão liminar, de Justiça, não se discute, se cumpre. Chegando a gente volta trabalhar sem problema nenhum e vamos buscar outros meios de fazer a nossa reivindicação”, disse.
O que diz a prefeitura?
Já a Prefeitura de Ribeirão Preto informou que acompanha a situação de greve e que não foi informada com antecedência, como prevê a lei – lembrando que a paralisação foi aprovada em assembleia na última sexta-feira (17), quando os órgãos municipais estavam fechados por conta do ponto facultativo.
O município informa que, por conta desta situação, a secretaria de Administração emitiu uma notificação e “aplicou as medidas jurídicas cabíveis para que os ônibus circulem o quanto antes”.
A greve
A data-base dos funcionários do transporte coletivo é em maio, contudo não houve um acordo de reajuste salarial entre as empresas de ônibus e trabalhadores. O sindicato pede a recomposição de 12,47% nos salários dos trabalhadores, no vale-alimentação e no PLR (Programa de Participação de Lucros e Resultados).
Esse mesmo percentual já havia sido aceito pelos trabalhadores, mas em relação apenas ao reajuste dos salários. A greve foi aprovada pelos motoristas em duas assembleias realizadas na última sexta-feira.
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