A incorporadora Terramaris está acusando a Prefeitura de Ribeirão Preto de dificultar um empreendimento com 12 condomínios e 2.100 casas – o investimento previsto era R$ 480 milhões em área no distrito de Bonfim Paulista. A empresa, inclusive, publicou um informe detalhando a situação em seu perfil oficial – como o conteúdo foi patrocinado, muitos moradores de Ribeirão Preto estão recebendo esse informe nas timelines das redes sociais.
De acordo com André Gontijo, um dos sócios da Terramaris, só a compra do terreno de 700 mil m² custou R$ 40 milhões aos cofres da empresa. Quatro anos e meio depois, a incorporadora ainda não teve autorização para construir na área.
Segundo a Prefeitura informou ao acidade on, a área é uma Zona de Proteção Máxima e não pode receber o empreendimento da forma como foi proposto. A Terramaris nega essa versão.
“Quando compramos o terreno, olhamos o Plano Diretor e a Lei de Uso, Parcelamento e Ocupação do Solo e não há impedimento para construir nessa área. O local de proteção fica ao lado”, disse Gontijo, em entrevista ao acidade on.
Prefeitura
Em nota, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente informou que já apresentou um relatório à construtora do empreendimento imobiliário. “A área em questão apresenta fragmentos de Floresta Estacional Decidual (FED). Tais fragmentos, conforme consta no Plano Diretor, são Zonas de Proteção Máxima e de Floresta Estacional Decidual (FED), componente da Mata Atlântica”, informou o Meio Ambiente.
“A pasta já havia orientado a construtora de que o projeto apresentado deveria ser readequado, respeitando as regiões da gleba, compostas pelos fragmentos de Floresta Estacional Decidual (FED), conforme já citado. Porém, não houve interesse da construtora em readequar o projeto inicial, o que desrespeitaria as leis federais e municipais”, seguiu o Meio Ambiente, em nota.
Segunda vez
André Gontijo informou que não é a primeira vez que a Terramaris tem problema com a Prefeitura. A empresa comprou um terreno de 40 mil m² por R$ 14 milhões – entre as avenidas Costa e Silva e Via Norte, ao lado da antiga Cianê – e pretendia construir imóveis residenciais.
De acordo com Gontijo, o projeto está paralisado na Secretaria Municipal de Planejamento.