Começou nesta terça-feira (17), no Fórum de Ribeirão Bonito, o júri popular dos acusados do assassinato a tiros do então prefeito de Ribeirão Bonito, Francisco Campaner, e da tentativa de homicídio de mais duas pessoas, em 26 de dezembro de 2019.
Os primeiros depoimentos ouvidos ainda na parte da manhã foram Ary Santa Rosa, amigo de Chiquinho que foi baleado na mão, e Edmo Marchetti, na época chefe de gabinete que acompanhava a dupla e também foi atingido por tiro.
Os réus Cícero Alves Peixoto e Manuel Bento Santana da Cruz respondem por homicídio por motivo torpe; traição, de emboscada ou recurso que dificulte defesa; para assegurar a execução, ocultação, impunidade ou vantagem de outro crime; e crime consumado.
Relembre o caso clicando aqui.
PRIMEIRAS HORAS DE JÚRI
Os réus, que estão presos preventivamente desde janeiro de 2020, chegaram escoltados pela SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) por volta das 8h30 ao Fórum.
A primeira pessoa a ser ouvida foi Ary. Em depoimento, ele relatou que os três estavam em um sítio na zona rural da cidade e na saída, entrou no banco traseiro do veículo dirigido por Chiquinho.
Em dado momento, ele ouviu vários tiros e sentiu a mão arder, então notou que tinha sangue nas mãos e se abaixou. O amigo do prefeito ainda disse que na tentativa de se esconder, só escutou os disparos, mas não viu o que aconteceu.
O segundo depoimento foi de Edmo, que ocupava o banco do passageiro do veículo. Ele relatou que perto de uma curva na estrada Chiquinho diminuiu a velocidade, então um homem saiu de trás de um poste e disse “passa a carteira”, momento em que o prefeito olhou e o homem efetuou os disparos.
A terceira testemunha a depor foi o delegado Geraldo Souza Filho, que conduziu as investigações na época do crime. Ele enfatizou as conclusões investigadas pela DIG sobre a motivação do crime e disse, ainda, que câmeras de segurança flagraram um veículo preto seguindo o carro de Chiquinho pela cidade.
A placa do veículo foi rastreada e a Polícia Civil chegou até o dono do carro, que era sobrinho de Manuel e disse ter emprestado o carro para o tio.
CONTINUAÇÃO
Segundo o TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo), foram arroladas duas vítimas e 25 testemunhas para serem ouvidas, uma de acusação e 24 comuns às partes. A previsão é de que o júri seja retomado nesta tarde e continue até quarta-feira (18).
O Conselho de Sentença será formado por sete jurados, que são sorteados momentos antes do início do julgamento, que por sua vez será presidido pelo juiz Victor Trevizan Cove.
*Com informações de João Victor Néo, da EPTV Central.