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PolíticaCâmara de São Carlos aprova criação de Programa de Dignidade Menstrual

Câmara de São Carlos aprova criação de Programa de Dignidade Menstrual

Prefeitura terá que fornecer absorventes nas escolas públicas municipais, unidades de saúde e em cestas básicas; confira

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Segundo a ONU, 12% da população feminina do planeta  é afetada pela pobreza menstrual. Foto: Reprodução
Segundo a ONU, 12% da população feminina do planeta é afetada pela pobreza menstrual. Foto: Reprodução

Um projeto de lei para criar o “Programa de Dignidade Menstrual” em São Carlos (SP) foi aprovado na sessão de quarta-feira (13) na Câmara Municipal. Texto agora segue para sanção do prefeito Airton Garcia (PSL).
A proposta, de autoria dos vereadores Roselei Françoso (MDB), Cidinha do Oncológico (PP), Professora Neusa (Cidadania) e Raquel Auxiliadora (PT), tem por objetivo o combate à pobreza menstrual, por meio de políticas de atenção à saúde, educacionais e assistência social no Município de São Carlos.
“Viabilizar o acesso gratuito ao alcance de quem necessita é imprescindível, pois absorventes higiênicos não são itens supérfluos e sim de necessidade básica”, destaca Roselei. 
 
Roselei Françoso, presidente da Câmara, autor de projeto para criação de Política Municipal pela Primeira Infância em São Carlos. Foto: Divulgação/ Câmara Municipal
Roselei Françoso, presidente da Câmara. Foto: Divulgação/ Câmara Municipal

“Nenhuma mulher deve ficar para trás pelo simples fato de menstruar, pois é um processo fisiológico e natural do corpo feminino”, salienta a vereadora Cidinha.
A proposta dos parlamentares foi apresentada e discutida em reunião da Frente Parlamentar dos Direitos das Mulheres, presidida pela vereadora Raquel. “Não podemos nos omitir para essa triste realidade e permitir que a falta de absorventes íntimos seja fator que desencoraje essas jovens mulheres a frequentarem as escolas, se ausentar de seus trabalhos ou ser um incômodo social, reduzindo assim, as chances de um futuro melhor e de uma vida mais digna,” afirma Raquel. 
 
Roselei Françoso, presidente da Câmara, autor de projeto para criação de Política Municipal pela Primeira Infância em São Carlos. Foto: Divulgação/ Câmara Municipal
Vereadora Raquel Auxiliadora (PT). Foto: Redes sociais

De acordo com o projeto de lei, a prioridade do programa é a ampliação e promoção do acesso às informações sobre saúde, higiene e produtos menstruais. Combater a pobreza menstrual através do acesso à informação e produtos de higiene e saúde menstrual (absorventes higiênicos), prevenir e reduzir os problemas de saúde decorrentes da falta de acesso às informações e produtos de higiene e saúde menstrual e reduzir faltas em dias letivos, prejuízos à aprendizagem e evasão escolar de estudantes em idade reprodutiva também são outras ações que a lei, se aprovada, pretende solucionar.
Caso a lei seja sancionada, a Prefeitura deverá incluir nos itens de higiene das escolas públicas municipais, unidades de saúde e de assistência social, e nas cestas básicas distribuídas às famílias carentes, o fornecimento e a distribuição dos absorventes higiênicos em quantidade adequada às necessidades do período menstrual.
O Poder Executivo também disponibilizará em sitio eletrônico e redes sociais a relação de escolas e Secretarias instituídas por essa Lei.
Em 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU), reconheceu o direito das mulheres à higiene menstrual como uma questão de saúde pública e de direitos humanos.
“Esse projeto não trata apenas da distribuição de absorventes higiênicos, mas sim de levar dignidade e esperança para um futuro mais justo e igualitário,” complementa Professora Neusa.

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