A Câmara de São Carlos abriu uma Comissão Processante contra o prefeito Airton Garcia (UB). Foram 18 votos a 3 pela aprovação da investigação.
Os três escolhidos para participar da comissão foram os vereadores Djalma Nery (PSOL), Gustavo Pozzi (PL), que será o presidente da investigação, e Paraná Filho (PSB), que será relator. A escolha se deu por meio de sorteio, do qual participaram também Azuaite Martins de França (Cidadania) e Dé Alvim (Solidariedade). O sorteio foi alvo de questionamentos na sessão. (leia mais abaixo)
O mandatário é acusado de negligência com os interesses e erário público e com o decoro do cargo. O processo foi solicitado por uma moradora.
Airton será investigado por ter pago supostamente mais de R$ 300 mil em aluguéis para um terreno de propriedade da família do político Júlio Cesar Pereira de Souza. Processo movido pelo Ministério Público está em tramitação na Justiça.
A Comissão Processante precisava de 2/3 dos votos dos vereadores e foi aprovada com folga. Votaram contra os vereadores Bira Teixeira (PSD), Robertinho Mori (PSL) e Dé Alvim.
Sorteio questionado
O uso de uma caixa de papelão foi questionado pelo vereador Dé Alvim, que ficou de fora do colegiado que vai investigar o prefeito. Para o parlamentar, os papéis com o nome dele ou de outros vereadores poderiam ficar preso na dobra inferior do recipiente. Ao acidade on, o vereador afirmou que questionou o sorteio para garantir ampla representação na comissão.
O questionamento do parlamentar foi alvo de críticas dos vereadores, inclusive dos que votaram contra o processo de investigação. Robertinho foi um dos que atestou a transparência do processo.
Roselei Françoso (MDB), presidente da Câmara Municipal afirmou que conduziu “com muita transparência” o processo de escolha dos integrantes da Comissão Processante. “Eu pessoalmente fico muito entristecido com esse questionamento, pois fizemos com maior lisura possível, para garantir o princípio da transparência”.
O que diz a administração
A Prefeitura de São Carlos afirmou em nota que não foi notificada oficialmente, “portanto neste momento não vai se manifestar”.
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