Em sessão da Câmara Municipal nesta terça-feira (15), vereadores se dividiram entre os que já cobravam resultados da gestão de Denise Mello Martins à frente da Secretaria de Saúde e os que pediam mais tempo e apoio à nova secretária. Denise está ocupando o posto há 25 dias, após vacância de 70 dias.
Em comum sobraram cobranças relacionadas à demora no atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento, falta de profissionais, fila nas cirurgias eletivas e cobranças por convênios.
Bruno Zancheta (PL) afirmou que vê boa vontade na secretária de Saúde, mas pediu liberdade e independência para que ela possa exercer sua função.
“O que eu pude perceber da Denise, além de muita competência, é muita vontade. Precisamos ver se ela vai ter suporte para trabalhar, se vai ter tempo para trabalhar e se vão deixar. Vai ter ingerência? Alguma pessoa vai intervir na secretaria dela, assim como já vimos em alguns casos? Vamos ver se ela terá liberdade. Espero que sim”, comentou na tribuna.
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O parlamentar pediu à Câmara para realizar reunião com a gestora para discutir meios de atender a demanda por cirurgias eletivas e reduzir a fila de pacientes, que aumentou com a paralisação por conta da pandemia de Covid-19.
A vereadora Cidinha do Oncológico (Progressistas) pediu maior atenção da Saúde aos pacientes em pré-operatório. A parlamentar afirmou que munícipes que estão prestes a se submeterem a procedimentos cirúrgicos estão ficando sem orientações médicas.
Apesar das reclamações, a parlamentar pediu “paciência” para a população.
“Acho que pelo tempo que ficamos sem secretário de Saúde não vamos conseguir, de um dia para o outro, mudar. Precisamos dar um voto de confiança para ela. Temos que a apoiar e defender para que tenha condição. O que ela veio fazendo até aqui é apagar fogo. É muita coisa para colocar em ordem”, comentou.
Visão diferente tem o vereador Djalma Nery (PSOL) que cobrou resultados da gestora e disse que não viu ainda trabalho no sentido a dar organização à pasta da saúde. O psolista citou caso de paciente que teve curativo feito com fita crepe por falta de esparadrapo em uma unidade de saúde de São Carlos.
“Infelizmente a gente ainda não viu uma melhora significativa, uma organização, algo que dê uma luz no fim do túnel de que vamos organizar essa crise, esse caos da saúde pública de São Carlos”, lamentou.
Nery afirmou ver com preocupação o atual cenário da saúde em meio à escalada de casos, internações e óbitos por Covid na cidade. O vereador cobrou a resolução da questão da oferta de leitos hospitalares e a melhoria da relação da gestão municipal com a Santa Casa e Hospital Universitário, a qual classificou como “ruim”.
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