Sob crescentes questionamentos sobre a condução de Jôra Porfírio na Secretaria de Saúde, a Câmara Municipal de São Carlos vota nesta terça-feira (30) projetos que destinam recursos da ordem de R$ 600 mil à pasta. A secretária vem enfrentando uma turbulência na relação com os vereadores, que abriram uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que tem ela como um dos alvos.
Sob esse clima, os parlamentares devem avaliar hoje projeto de lei que autoriza abertura de crédito suplementar de R$ 582 mil para pagamento indenizatório à Soluções Serviços Terceirizados e à Omesc. A própria Omesc, por exemplo, teve problemas na semana passada com pagamentos de salários de médicos que atuam em Unidades de Saúde da Família (USFs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Houve até ameaça de greve. O problema surgiu de atraso no repasse da administração municipal. Outra proposta, do Executivo, destina R$ 52,8 mil à Saúde para enfrentamento ao Coronavírus.
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Há uma semana, Jôra Porfírio foi alvo de críticas por parte de vereadores na abertura de CPI para investigar o caso conhecido do “delivery de medicamentos”. A secretária de Saúde, o prefeito Airton Garcia (União) e a primeira-dama Rosária Mazzini Cunha são alvos da apuração aberta na Câmara Municipal. Outro pedido de CPI, que está “na fila”, quer apurar supostas irregularidades da secretária no relacionamento com prestadores de serviços e fornecedores. Os materiais foram obtidos do celular da própria gestora, que foi apreendido durante a CPI da Primeira-Dama.
O tema deve continuar em alta com dois questionamentos feitos por vereadores. Um deles, Lucão Fernandes (MDB), chegou a ir até o Departamento de Licitações para entender qual o gargalo enfrentado pela administração na compra de insumos. Há falta de remédios, soro fisiológico e até esparadrapos em algumas unidades de saúde do município. Na outra ponta, Cidinha do Oncológico (Progressistas) pediu à secretaria informações sobre o transporte fora do município para os pacientes da rede municipal de saúde. Há relatos, segundo ela, de pessoas que deixaram de comparecer a consultas e procedimentos por falta de veículo.
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