Na primeira hora de depoimento da CPI da Saúde, em São Carlos (SP), o secretário da Saúde, Marcos Palermo, foi cobrado pelos gastos milionários com o Centro de Triagem, que fora prometido inicialmente um Hospital de Campanha. (Acompanhe ao vivo abaixo).
Os vereadores ainda cobraram a falta de controle com gastos públicos de outros órgãos, como a Prohab, que investiram na estrutura do Ginásio Milton Olaio, que serve como sede do Centro de Triagem.
“Quero que conste em ata que, das obras da Prohab, não sabemos o quanto foi gasto, os valores. O secretário deveria saber o quanto foi gasto. Tinha que ser ao menos consultado e avisado disso”, questionou o vereador Bruno Zanchetta (PL).
Os vereadores ainda questionaram se a Prohab usou dinheiro carimbado para a pandemia na reforma do ginásio de esportes. O secretário disse não saber da origem do dinheiro e causou indignação entre os membros da CPI. A autarquia tem uma série de investigações de irregularidades na condução de obras.
“O que sei é que há portarias para a destinação deste dinheiro, para compra de equipamentos, testagem, não seria usado para a pintura ou reposição de fiação furtada”, retrucou o titular da saúde.
Sobre a promessa não cumprida de instalar um Hospital de Campanha em São Carlos, o secretário afirmou que a necessidade prevista de alta demanda por internação não se tornou realidade a ponto de justificar a abertura do hospital.
Foram gastos R$ 2,5 milhões entre estrutura, recursos humanos, equipamentos e medicamentos no Centro de Triagem. Questionado sobre o valor, respondeu: “A questão não é valer, a vida não tem preço”.