O secretário Marcos Palermo negou na CPI da Saúde que negligência pode ter causado a morte de uma mulher de 43 anos morta por Covid-19 após esperar por 48 horas por leito em São Carlos. O secretário ainda sugeriu que os vereadores denunciem o caso para o Ministério Público. (Acompanhe ao vivo abaixo).
Questionado sobre o suposto caso de negligência, Palermo afirmou não ver esse problema no caso que vitimou a mulher.
Segundo a CPI, a vítima morreu na segunda-feira (24) e havia esperado no Centro de Triagem por 48 horas por transferência, a internação ocorreu somente no domingo (23), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Cidade Aracy.
“Chegamos à UPA da Santa Felícia e tinha uma pessoa intubada, outra sendo transferida e seis na enfermaria. Se estava 48 horas, no nosso ponto de vista era negligência e falta de fluxo. Se o Santa Felícia era para receber essas pessoas, foi falta de fluxo e planejamento?”, questionou o vereador Elton Carvalho (Republicanos).
Na resposta, o secretário de Saúde justificou que a regulação de vagas não é de sua responsabilidade, e sim do Cross. Palermo disse ainda que buscou vagas em Araraquara “e até em São Paulo”, mas que devido à gravidade, a paciente não “aguentaria”.
“Infelizmente naquele dia, foi para a UPA Aracy. Agora sobre a acusação de negligência, peço para que fala a denúncia e enviamos para o Ministério Público, o Conselho de Medicina, para que seja apurado tudo isso. Temos estrutura e sala de emergência, mas não tinha vagas”, comentou.
O secretário confirmou que o protocolo orienta que a estadia do paciente no Centro de Triagem não ultrapasse as 12 horas, como ocorreu no caso. “Ficou preconizado ficar 12 horas. Mas não tem como, vai mandar o paciente para casa, então mantem ele até conseguir vaga”, comenta.