O ex-ministro da Educação e ex-prefeito da capital Fernando Haddad (PT), candidato ao governo de São Paulo, visitou Rio Claro na manhã desta quinta-feira (8), onde cumpriu agenda. O petista tem compromissos ainda em Cordeirópolis, Santa Bárbara D’Oeste e Sumaré.
Em Rio Claro, o candidato participou de ato público com estudantes da Unesp e respondeu a perguntas de jornalistas em uma coletiva de imprensa. Na semana passada, um incêndio atingiu um laboratório do campus da universidade pública no município.
Haddad defendeu maior investimento no ensino superior público, com a universalização da oferta de cursos universitários em todos os municípios paulistas, por meio das Fatecs e Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp).
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“Todos os municípios do Estado de São Paulo vão ter oferta de educação superior pública presencial ou à distância. Com a criação dos institutos estaduais nas Etecs e Fatecs, toda Etec vai oferecer curso superior ou através da Univesp vai oferecer curso semipresencial. Vamos criar polos nas cidades, nos 645 municípios”, afirma.
O petista ainda afirmou pretender valorizar a carreira dos professores estaduais. Para Haddad, os últimos resultados de indicadores educacionais foram “um desastre”. “Se ele [professor] não se sentir motivado, motivado, valorizado, não vai conseguir transformar a sala de aula”, afirmou.
O candidato ainda afirmou que pretende ampliar a oferta de serviços de saúde para fazer frente a fila do SUS que é “a maior da história”. “São 1,2 milhão de procedimentos atrasados”. Para fazer frente à demanda, Haddad prometeu “um “hospital dia para cada 400 mil habitantes”. Hospital dia é um serviço que não oferece internação, mas recebe a paciente para procedimentos de rápida recuperação.
O candidato ainda criticou a “desindustrialização” do Estado de São Paulo. As demissões na fábrica de caminhões da Mercedes-Benz, anunciada recentemente pela montadora alemã, foi relacionada à alta carga tributária de ICMS que “afugenta” as empresas.
“Já perdemos a LG, a Ford e a Toyota. Agora perdemos a Mercedes e não tem uma palavra do governo do Estado sobre isso. São milhares de empregos industriais de altíssima qualidade, de ponta, que estão deixando São Paulo. Vamos criar um plano de industrialização do Estado, vamos enfrentar a guerra fiscal e criar um sistema estadual de inovação com as nossas universidades e com o setor privado para trazer empregos 4.0, para substituir aquilo que foi perdido durante o governo [João] Doria e Rodrigo [Garcia]”, concluiu.