- Publicidade -
PolíticaLira critica governadores sobre preço de combustíveis e cobra solução do Senado

Lira critica governadores sobre preço de combustíveis e cobra solução do Senado

Aliado de Bolsonaro, que costuma classificar o ICMS como o grande vilão do preço dos combustíveis, Lira afirmou que os governadores resistiram em reduzir o tributo.

- Publicidade -

o deputado Arthur Lira (PP) foi eleito nesta segunda-feira (1º) presidente da Câmara (Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)
Arthur Lira (PP), presidente da Câmara (Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi às redes sociais neste domingo, 16, para criticar a postura de governadores em relação ao preço dos combustíveis e afirmar que cobranças sobre o tema precisam ser dirigidas ao Senado, presidido por Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Lira acusou os chefes estaduais de cobrarem soluções agora “mirando” as eleições de outubro e ressaltou que a Câmara aprovou em outubro um projeto para aliviar os efeitos dos aumentos dos combustíveis, mas que ficou parado no Senado.

- Publicidade -

“A Câmara tratou do projeto de lei que mitigava os efeitos dos aumentos dos combustíveis. Enviado para o Senado, virou patinho feio e Geni da turma do mercado”, começou Lira na publicação, segundo quem a medida foi classificada como “intervencionista e eleitoreira” pelos críticos.

Aliado de Bolsonaro, que costuma classificar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado pelos Estados, como o grande vilão do preço dos combustíveis, Lira afirmou neste domingo que, no ano passado, os governadores resistiram em reduzir o tributo. Em outubro, a Câmara aprovou um projeto para mudar a incidência de ICMS sobre combustíveis e estabelecer um valor fixo por litro para o imposto. À época, por sua vez, já havia um entendimento de que o texto teria poucas chances de avançar no Senado em razão da resistência dos Estados, que temem perder arrecadação com a proposta.

Em resposta, no fim daquele mês, os chefes estaduais anunciaram o congelamento do valor do ICMS na bomba dos postos de gasolina, por um período de 90 dias, que acabará ao fim de janeiro. Nesta sexta-feira, 14, o Comitê Nacional de Secretários da Fazenda (Comsefaz) confirmou que o congelamento será encerrado na data originalmente prevista pelo grupo. O anúncio veio acompanhado de uma nota do governador do Piauí e coordenador do Fórum Nacional de Governadores, Wellington Dias, afirmando que os aumentos têm servido apenas para “aumentar os lucros da Petrobras” e cobrou uma solução definitiva para os combustíveis por meio da reforma tributária.

- Publicidade -

“Podiam ter pressionado ainda ano passado”, disse Lira nas redes sociais, neste domingo. “Agora, no início de um ano eleitoral, governadores, com Wellington Dias à frente, cobram soluções do Congresso. Com os cofres dos Estados abarrotados de tanta arrecadação e mirando em outubro, decidiram que é hora de reduzir o preço”, afirmou o presidente da Câmara, pedindo que as cobranças sejam endereçadas ao Senado.

“Podiam ter pressionado ainda ano passado. Por isso, lembro aqui a resistência dos governadores em reduzir o ICMS na ocasião. Registro também que fizemos nossa parte. Cobranças, dirijam-se ao Senado”, concluiu Lira.

Pelo texto aprovado pela Câmara, a cobrança do ICMS passaria a ser feita considerando um valor fixo por litro – a exemplo de impostos federais PIS, Cofins e Cide -, modelo conhecido como “ad rem”. Ele substituiria a cobrança atual, que utiliza um porcentual sobre o valor do preço de venda (“ad valorem”).

O projeto foi votado sob a presidência de Lira numa tentativa de frear o aumento do preço dos combustíveis, um tema que incomoda Bolsonaro e tem se refletido na inflação brasileira, que encerrou 2021 na casa dos 10,06%, acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

O tema também intensificou o cabo de guerra entre Bolsonaro e governadores, que evoluiu durante a pandemia de covid-19, diante da divergência do presidente e dos chefes estaduais sobre a condução do enfrentamento da pandemia.

O preço final dos combustíveis é composto pelo valor cobrado pela Petrobras nas refinarias (atrelado ao preço do barril do petróleo no mercado internacional e ao câmbio), mais tributos federais (PIS/Pasep, Cofins e Cide) e estaduais (ICMS), além das margens de distribuição e revenda e do custo do biodiesel, no caso do óleo diesel, e do etanol, na gasolina.

- Publicidade -
Mídias Digitais
Mídias Digitaishttps://www.acidadeon.com/
A nossa equipe de mídias digitais leva aos usuários uma gama de perspectivas, experiências e habilidades únicas para criar conteúdo impactante., com criatividade, empatia e um compromisso com a ética e credibilidade.
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Notícias Relacionadas
- Publicidade -