Terminou no início da madrugada desta quarta-feira (8) o julgamento de Moisés dos Anjos, morador de Leme acusado de ter envolvimento nos atos antidemocráticos do 8 de janeiro, em Brasília. A maior parte do STF (Supremo Tribunal Federal) votou por 17 anos de prisão.
Ele foi condenado por sete ministros nos quatro crimes em que era acusado: abolição violenta do Estado de Direito, tentativa de Golpe de Estado, associação criminosa armada e dano qualificado pela violência e deterioração e patrimônio público.
Dois ministros dedicaram por penas menores, de 15 anos, e três juízes não reconheceram todos os crimes. Mesmo assim, o réu recebeu penas de quatro meses a 11 anos de cadeia.
A pena de cadeia a ser cumprida será definida após a proclamação do resultado do julgamento virtual, que deve ocorrer em até uma semana.
Outra punição é o pagamento de multa de aproximadamente 30 salários mínimos, além de ajuda ao pagamento da indenização de R$ 30 milhões pelos danos causados, que será dividida entre todos os condenados.
FATOS PARA A CONDENAÇÃO
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, destacou, em argumentação sobre sua condenação, que Moisés dos Anjos foi preso dentro do Palácio do Planalto e que em seu celular foram encontrados fotos e áudios gravados durante o ataque, exaltando a destruição do prédio do Supremo, e também conteúdo golpista.
Em seu depoimento, ele negou as acusações e disse ter participado do acampamento em frente à AFA (Academia da Força Aérea) de Pirassununga. Ele afirmou que foi até Brasília para participar de protestos pacíficos.
*Com informações da EPTV Central.