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PolíticaMP pede apuração sobre quebra de decoro de vereador de Ibaté

MP pede apuração sobre quebra de decoro de vereador de Ibaté

Polícia Civil afirma que Waldir Siqueira (PTB) teria atrapalhado policiais que buscavam prender o sobrinho dele. Parlamentar negou as acusações: “Não compactuo com criminalidade”.

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Waldir Siqueira (PTB), vereador de Ibaté. Foto: Arquivo pessoal

 

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O Ministério Público (MP-SP) pediu que a Câmara Municipal de Ibaté (SP) apure o “proceder incompatível com a dignidade do cargo e a falta de decoro” do vereador Waldir Siqueira (PTB).

De acordo com MP, o parlamentar teria atrapalhado policiais de cumprirem um mandado de prisão temporária contra o sobrinho dele, Iago Alberto Siqueira Pine, de 22 anos, que responde processo criminal por roubo.

Além disso, o promotor de Justiça Marco Aurélio Bernarde de Almeida pediu que a Polícia Civil investigue o parlamentar pelos crimes de desobediência e favorecimento pessoal.

“Reprovável a postura do nobre edil que, ao invés de emprestar respeito e eficácia à autoridade do mandado envergado pela Polícia Judiciária, que atua de ofício como braço armado para a execução das decisões do Poder Judiciária, dificultou a ação dos policiais, o que teria culminado com a frustração da prisão de procurado da Justiça”, afirmou o promotor de Justiça. 

Procurado pela reportagem, Waldir Siqueira negou que tenha atrapalhado o trabalho dos policiais e disse estar à disposição da Câmara Municipal para prestar esclarecimentos sobre o fato (veja posicionamento completo no final da matéria).

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ENTENDA

De acordo com o relatório elaborado pela Polícia Civil, policiais da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE) foram até a casa de Waldir, no Bairro Popular, dar cumprimento ao mandado de prisão contra o sobrinho do vereador, já que o carro do acusado estava estacionado no local.

Os policiais foram recebidos por Waldir, que teria demorado para abrir o portão e atrasado a entrada dos policiais.

Em seguida, teria questionado os agentes sobre o motivo de Iago estar sendo procurado e apontou, junto com sua filha, que ele poderia estar na parte de cima da casa, que é um sobrado.

No entanto, os policiais vasculharam o imóvel e não encontraram o sobrinho de Waldir, que já havia fugido.

VEREADOR NEGA TER FACILITADO FUGA DO SOBRINHO

De acordo com o parlamentar, ele viajou para a cidade de São Paulo com outro vereador alguns dias antes dos policiais irem até a casa dele procurar por Iago.

Como o outro vereador testou positivo para Covid-19 logo após a viagem, ele fez um teste, mas o resultado deu negativo.

No entanto, foi orientado a permanecer em isolamento por estar apresentando sintomas da doença.

Cumprindo o isolamento domiciliar, Siqueira confirmou ter recebido a equipe da Polícia Civil, mas negou ter facilitado a fuga de seu sobrinho. “Jamais, eu não compactuo com criminalidade. Se fosse meu filho, ele iria pagar pelos erros dele. Se cometer crime, ele vai pagar”, afirmou.

Além disso, afirmou ter prestado depoimento ao promotor de Justiça e reafirmado sua posição de que não tentou proteger o sobrinho de ser preso. “Falei: doutor, investiga. Se achar que há indícios para incriminar, prende ele. Se ele cometeu o crime, ele tem que pagar pelo erro dele”, complementou.

Questionado sobre a apuração da quebra de decoro pela Câmara, o vereador se colocou à disposição dos pares para prestar os esclarecimentos necessários. “Pedi urgência. Eu quero o mais rápido possível mostrar a minha veracidade. A gente tem que ser transparente”, concluiu Siqueira, vereador que está no seu quarto mandato na Câmara Municipal de Ibaté.

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