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PolíticaEleiçõesO que pensam os pré-candidatos sobre a Educação de São Carlos?

O que pensam os pré-candidatos sobre a Educação de São Carlos?

Série iniciada hoje é a primeira de várias iniciativas do acidade on na promoção de um debate público plural em que os pré-candidatos possam apresentar suas visões da gestão municipal, caso sejam eleitos em outubro

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O acidade on São Carlos começa hoje uma série de reportagens trazendo o que pensam os pré-candidatos a prefeito sobre determinados aspectos da gestão e serviços públicos.

Foram ouvidos os três “prés” que se dispuseram publicamente como postulantes ao principal cargo do Poder Executivo.

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A série iniciada hoje é a primeira de várias iniciativas do acidade on na promoção de um debate público plural em que os pré-candidatos possam apresentar suas visões da gestão municipal, caso sejam eleitos em outubro.

O cargo de prefeito é tão importante quanto o de governador e do presidente da República. É o mandatário do município que lida com a problemática cotidiana dos cidadãos e que tem o dever de prestar o atendimento mais próximo da população.

Nos últimos anos, desde promulgação da Carta Magna de 1988, os municípios têm acumulado atribuições em detrimento de possibilidades tributárias limitadas e pressões populares por mais e melhores serviços públicos.

Para cobrir a maior parte dos temas da vida cotidiana em São Carlos, o on dividiu as entrevistas nas temáticas: Educação, Saúde, Segurança Pública, Limpeza Pública e Zeladoria, Saneamento Básico, Moradia, Mobilidade e Enchentes.

A publicação das opiniões dos candidatos lado a lado possibilita ao leitor – e eleitor – a comparação das propostas, dando a ele maior consciência na hora de escolher para quem dar o voto. As respostas estão em ordem alfabética, considerando o prenome do entrevistado. Cada político teve até 4 minutos para responder.

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Dona da maior fatia do Orçamento de São Carlos, com R$ 350 milhões em recursos neste ano, a Educação está na ordem do dia. O acidade on pergunta: — O que você pensa e quais são seus planos para a educação?

Netto Donato (PP)

Olha, a educação de São Carlos é muito boa, nós precisamos ressaltar isso. Mas, ela nunca pode parar, [os professores] precisam ter qualificação, dar um atendimento melhor a cada dia.

Então, como nós conseguimos isso? Com a qualificação e a atualização de todos os professores. Nesse período em que eu estive na Prefeitura Municipal junto com o prefeito Airton Garcia, nós fizemos a maior contratação da história de professores, da rede municipal, foram mais de 300 profissionais na área da educação, incluindo merendeiras, auxiliares e professores.

Cada professor e diretor recebeu um notebook para trabalhar e preparar essas aulas em casa mesmo, porque isso traz um maior conforto para eles, mas principalmente uma melhor qualidade no ensino para as nossas crianças.

A parte da segurança dentro das escolas é muito importante. Tivemos todo o cuidado das nossas crianças, muito zelo.

Sabemos que a capacitação e a pós-graduação desses professores é algo que esses profissionais querem. E nós estamos trabalhando: foi lançado um questionário para que eles possam se habilitar para realizar essas especializações, os estudos, para que nós possamos ter uma qualidade sempre melhor no ensino.

Uma outra situação é a questão das crianças que com autismo ou alguma deficiência, que precisamos ter um cuidado especial, integral. Houve a contratação de mais profissionais nessa área para que essas crianças tenham um atendimento individualizado.

A escola em tempo integral, também é uma necessidade aqui de São Carlos e nós já temos algumas escolas que têm esse ensino e nós vamos ampliar isso, mas vale lembrar que nós já atendemos às exigências do MEC [Ministério da Educação], então nós temos o número de escolas em período integral dentro da regulamentação para esse período que o MEC determina.

Na educação, nós percebemos que as nossas crianças precisam de atividades também no contra turno e por isso, firmamos mais parcerias com entidades do terceiro setor para que possamos essa assistência, tanto da parte do esporte, da cultura e do reforço escolar – quando é necessário – e fazendo algo bem individualizado.

Então, a educação de São Carlos vai bem, mas pode melhorar. Queremos fazer da educação uma referência não só na cidade, mas no Estado de São Paulo e no Brasil.

Mario Casale (Novo)

Precisamos melhorar muito a nossa educação, que é a do Ensino Fundamental [de atribuição da Prefeitura]. Temos que trabalhar muito na capacitação dos professores. Existem planos pedagógicos, mas eles não estão bem distribuídos para as pessoas saberem o que elas têm que fazer, para os próprios professores saberem o que eles têm que fazer ao longo de um ano para conseguir lá no final ter a criança já alfabetizada no segundo ano do Fundamental.

Então, temos que ter um foco muito grande, primeiro na alfabetização. Para que essas crianças estejam efetivamente alfabetizadas, que é um desafio grande que nós temos.

Precisamos que seja criado um material de apoio para esses professores. Eles não gostam de estar amarrados, mas ao mesmo, gostam de ter material de apoio que ajude eles a estruturar [suas aulas].

Estive em Joinville [SC], na semana passada, conversei muito com o secretário de Educação de lá, e para mim, lá um exemplo. Eles trabalharam uma questão que eu quero trazer para cá também, que é uma coisa que Sobral faz, que é fazer avaliações periódicas municipais, com maior tempo, de frequência. A nossa ideia é ter um monitoramento trimestral de matemática e português, para verificar como é que estão os alunos, principalmente nesses dois temas, para verificar então se há a evolução.

Daí, vendo as salas de aula onde estão os melhores resultados e as escolas não estão tendo os melhores resultados, buscar entender quais práticas são usadas nessas [melhores] para que seja levada para outras salas.

Então, vamos criar um grupo de professores que vão ser professores de excelência, que vão ajudar a criar o material para os demais professores e fazer a capacitação deles.

Outra coisa que é importante falar é para trazer a família para próximo da escola, ter a participação familiar, da associação de pais e mestres. Podemos usar ferramentas para trazer eles, para usar a escola, inclusive aos finais de semana, tanto para manter a escola, a zeladoria, acompanhar de perto a qualidade do ensino da unidade, para que os pais também entendam a sua função dentro de casa, porque eles têm que ajudar os alunos a estudar,.

Mais uma proposta é a Escola de Pais, é uma coisa que eu vi lá em, não sei se em Curitiba ou em Joinville, mas a Escola de Pais é muito interessante também, para ajudar os pais a entender o papel deles na educação dos filhos.

Newton Lima (PT)

Especificamente sobre a educação, existe uma avaliação geral de que piorou muito nos últimos anos. Nós estamos com muitas reclamações.

Uma mãe, por exemplo, me falou num final de semana que o filho dela teve 12 diferentes professores ao longo do ano. Ele é aluno especial, e isso traz uma dificuldade, por óbvio, psicológica, porque a relação e a interação entre aluno e professor, nós sabemos disso pela nossa história, ela é fundamental no processo de educação.

E, portanto, não houve o planejamento adequado para a contratação de profissionais do quadro, tem muitos professores que se classificam e ficam numa espécie de reserva, recebem de manhã ou de madrugada informação de que têm uma aula para ser dada, de uma classe para ser ocupada em determinada escola, e daí quem quiser, se escreve pelo WhatsApp. Eu nunca vi isso na minha vida, isso é uma coisa muito triste do ponto de vista de gestão.

A falta de planejamento é uma marca registrada de um governo que está sem um comando central. E, como nós sabemos, em função da doença do prefeito e da não assunção do vice, o secretário de Governo, até algumas semanas atrás acabou assumindo esse papel na prática, mas não de direito.

Daí o loteamento que foi feito, que todo mundo reconhece na cidade, com a Câmara Municipal, levou a vereadores assumirem o papel de comando de algumas secretarias. Isso não traz unidade administrativa, não traz eficiência, não traz eficácia. Não tem planejamento.

Então, em todas as áreas a gente vai descobrir coisas muito tristes. Coisas não funcionam, a educação não está funcionando, a merenda tem muita reclamação. Já ganhamos títulos [de melhor] merenda no meu governo e do de Oswaldo Barba [PT]. Ganhamos prêmios importantes com merenda escolar, tivemos educação integral, eu fiz cinco escolas, eram oito escolas do futuro, a Escola da Corujinha, já naquela época a gente trabalhava muito e, depois com Barba também.

Fizemos um sistema de bibliotecas e também iniciámos todo o processo de digitalização para que os alunos pudessem acompanhar o que seria a modernidade de hoje.

Para terminar, quero dizer que a educação integral deve ser implantada pela Frente Democrática se nós formos governar, pois é preciso que o aluno esteja na escola de manhã e à tarde.

Precisamos resolver o problema da educação especial, temos que terminar com esse drama em que toda semana um pai ou uma mãe reclama da falta de atenção do poder público com o autismo.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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