- Publicidade -
PolíticaPL inclui luta contra lesbofobia, transfobia e bifobia no calendário de São Carlos

PL inclui luta contra lesbofobia, transfobia e bifobia no calendário de São Carlos

Proposta foi aprovada na Câmara Municipal. ‘O que a gente quer é simplesmente existir’, afirmou o presidente do Conselho Municipal da Diversidade Sexual de São Carlos

- Publicidade -

Vereador Djalma Nery (PSOL) e Gustavo Costa, presidente do Conselho Municipal da Diversidade Sexual de São Carlos. Foto: Reprodução

 

A Câmara de São Carlos aprovou, na sessão de terça-feira (10), um projeto de lei para incluir a luta contra a lesbofobia, bifobia e transfobia no Calendário Oficial do Município. 

- Publicidade -

A proposta do vereador Djalma Nery (PSOL) alterou a redação da lei nº 14.785, de 21 de novembro de 2008, que criou o “Dia Municipal de Luta Contra a Homofobia” – comemorado anualmente no dia 17 de maio. 

Desta forma, caso o PL seja sancionado pelo prefeito Airton Garcia (PSL), nesta mesma data passará a ser comemorado, a partir de 2022, o “Dia Municipal de Luta Contra a Homofobia, Lesbofobia, Bifobia e Transfobia”. 

“Eu acho que é muito importante que a gente reconheça a importância do combate a bifobia, transfobia. O Brasil é o país que mais mata população trans no mundo. Não é o segundo, nem o terceiro, é o país que mais mata. Esse é um dado muito demeritório para o nosso país. Então é importante que a gente possa combater isso em várias frentes”, afirmou Djalma Nery.
 
De acordo com levantamento realizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), foram registrados, no ano de 2020, 175 assassinatos de pessoas que expressaram o gênero feminino em contraposição ao gênero designado no nascimento.

O presidente do Conselho Municipal da Diversidade Sexual de São Carlos, Gustavo Henrique Costa, usou o expediente da Tribuna Livre na sessão de terça-feira (11) para também falar sobre o tema. 

- Publicidade -

Ele exaltou a proposta do vereador Djalma Nery e lamentou casos recentes de violência contra trans em São Carlos e na região. “É importante relembrar que nosso município e na nossa região vêm ocorrendo também essas violências. Nós tivemos um caso recente de uma pessoa trans que foi esfaqueada (…). Tivemos também outra situação, em março, que uma pessoa trans, da periferia, negra, ela foi quase morta”, afirmou. 

Costa também comemorou o aumento da representatividade destes grupos na política, mas mostrou preocupação com o incômodo que pessoas trans ainda provocam em alguns setores da sociedade. “Infelizmente, ainda há perseguições. Temos, por exemplo, a vereadora de Araraquara, Filipa [Brunelli]. Ela nos representa muito e vem sofrendo violações e perseguições. E o que a gente quer é simplesmente existir, ocupar os espaços e sermos ouvidos”. 

Por fim, o presidente do Conselho Municipal da Diversidade Sexual disse que estão elaborando um plano formativo e pediu a ajuda dos vereadores para colocar as ideias em prática em São Carlos. “São ações e informações pensando tanto no acesso ao mundo do trabalho, acesso à saúde, a garantia de uma pessoa trans, por exemplo, ter atendimento humanizado e o acesso à medicação também. Então peço aos vereadores um olhar atento”, concluiu. 
 
Leia mais:  
 

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Notícias Relacionadas
- Publicidade -