As operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que descumprem decisão judicial e promovem blitze neste dia de eleições deflagraram nova crise interna na corporação. Três importantes lideranças da PRF ouvidas sob reserva pelo Broadcast Político relataram perplexidade com o episódio e veem uso político da entidade pelo diretor-geral Silvinei Vasques para ajudar eleitoralmente o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.
De acordo com uma das fontes, o clima é tenso e uma reação formal de agentes, por meio de nota de repúdio, é considerada nos bastidores. “A PRF é uma polícia de Estado, não de governo. O que está acontecendo hoje é coisa de polícia de governo”, declarou um líder policial rodoviário, que fala em “ousadia” de Vasques, que declarou voto em Bolsonaro.
LEIA MAIS
TSE pede que Polícia Rodoviária Federal explique bloqueios em rodovias
Divulgação dos votos começa às 17h; saiba onde acompanhar
Embora o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tenha vetado operações da PRF neste domingo para garantir o fluxo de eleitores, blitze são registradas especialmente no Nordeste, onde o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, mostra força eleitoral. A coligação de Lula acionou o TSE contra as operações e o ministro Alexandre de Moraes, presidente da Corte, determinou o fim imediato das atividades.
O diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, foi procurado para comentar a insatisfação da categoria, mas não retornou aos contatos.
VEJA TAMBÉM
Feriadão de aniversário de São Carlos vai durar seis dias; entenda