O vereador Elton Carvalho (Republicanos) denunciou que a Secretaria Municipal de Saúde alugou um imóvel em 2018 que nunca foi utilizado pelo município. Ao todo, a prefeitura já pagou R$ 78 mil em aluguéis ao proprietário. Questionada, a administração disse que o local foi invadido e o caso está na Justiça (veja a resposta completa no fim da matéria).
Segundo o parlamentar, a Secretaria de Saúde paga o valor de mil e oitocentos reais mensalmente, mas o imóvel no Jardim Pacaembu está completamente depredado, além de ter uma família residindo no local.
Carvalho disse que, ao ficar sabendo sobre o imóvel, chamou a Guarda Municipal e registrou uma ocorrência. Além disso, teve acesso ao contrato e está organizando a documentação para acionar o Ministério Público e o Tribunal de Contas. “Tomei conhecimento desta situação desastrosa, que demonstra a ineficiência da gestão financeira realizada pela Secretaria de Saúde, além do total desrespeito com a população são-carlense e fui ao local para averiguar”, disse.
A Guarda Municipal registrou a ocorrência mediante o protocolo RO89SA44, descrevendo os fatos e ouvindo os envolvidos.
Por fim, o vereador informou estar aprofundando as investigações e formalizará um requerimento solicitando maiores detalhes.
Outro lado
De acordo com o secretário de Saúde, Marcos Palermo, o imóvel foi alugado após uma decisão judicial para ser usado como um local para serviço de residência terapêutica, onde seriam atendidas pessoas em recuperação da saúde mental. “No tempo das adequações, houve furtos nesse local por diversas vezes. Após isso, ele foi invadido por algumas pessoas que dizem ter comprado o imóvel de outra”, explicou.
Após a invasão, Palermo explicou ter sido aberta uma sindicância e um processo judicial de recuperação do imóvel. “Agora está nessa situação jurídica para recuperação do imóvel. As medidas cabíveis e legais foram tomadas. A sindicância já está andando e o processo judicial de recuperação”, complementou o secretário.
Por fim, a prefeitura explicou que os aluguéis serão pagos até sair a decisão judicial. Ao todo, o município já pagou R$ 78.592,00.