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PolíticaPresidenciáveis testam popularidade nas ruas de Salvador

Presidenciáveis testam popularidade nas ruas de Salvador

Lula, Ciro e Simone participaram a pé do cortejo popular que todo o ano refaz o caminho da batalha de 2 de julho de 1823; Bolsonaro fez motociata

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Lula fez caminhada pelas ruas de Salvador. (Foto: Ricardo Stuckert / Divulgação / Redes Sociais)
Lula fez caminhada pelas ruas de Salvador. (Foto: Ricardo Stuckert / Divulgação / Redes Sociais)

Pela primeira vez, quatro presidenciáveis testaram a popularidade nas ruas de Salvador neste sábado (2). A festa de 2 de Julho, dia da Independência do Brasil na Bahia, serve de termômetro para os pré-candidatos saberem quão forte estão seus nomes nas ruas do país. Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) estiveram na capital baiana ontem.

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Lula, Ciro e Simone participaram a pé do cortejo popular que todo o ano refaz o caminho da batalha de 2 de julho de 1823. O conflito resultou na expulsão definitiva do último ponto de resistência portuguesa que ainda existia e consolidou a Independência do Brasil, proclamada por D. Pedro I em 7 de setembro de 1822. Bolsonaro participou de uma motociata pela orla da cidade.

Lula caminhou por cerca de uma hora em meio à multidão, levando a tiracolo o pré-candidato do PT ao governo do Estado, Jerônimo Rodrigues, que tenta se tornar conhecido. Nas redes sociais, o ex-presidente postou uma foto com o público duplicado e virou alvo de adversários. Segundo a assessoria de imprensa, houve uma falha, motivada pela composição de imagem panorâmica. 
 
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Ao discursar na frente do Estádio da Fonte Nova, Lula afirmou que os beneficiários da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que turbina gastos do governo federal em ano eleitoral e distribui R$ 41,2 bilhões deveriam “pegar todo o dinheiro” e não votar em Bolsonaro neste ano.

“Eu queria dizer para ele (Bolsonaro) o que o povo baiano está dizendo: ‘Bolsonaro, aprove as suas leis, porque a gente vai pegar todo o dinheiro que você mandar, mas a gente não vai votar em você. A gente vai votar em outras pessoas’. Porque o dinheiro que ele está dando agora é só até dezembro”, afirmou.

O petista também criticou o orçamento secreto, revelado pelo Estadão. “Se a gente não tiver muitos deputados e não acabar com o orçamento secreto, será muito difícil eu e o (Geraldo) Alckmin fazermos o que nós precisamos fazer neste País”, disse.

Ciro chamou a PEC – que foi aprovada na semana passada no Senado e seguiu para a Câmara – de “estelionato eleitoral”. “É uma emenda que permite à população acreditar que vai ser salva por um socorro, mas que só vale até dezembro, o que significa um estelionato eleitoral gravíssimo”, disse.

Ciro e Simone se encontraram durante o cortejo e se cumprimentaram. Ambos destacaram, nas redes sociais, o caráter democrático do ato. “Democracia e civilidade. Adversário não é inimigo. O Brasil precisa de tolerância e respeito”, escreveu Simone.

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Crítica
Bolsonaro não participou diretamente dos festejos do 2 de julho.
Antes de iniciar uma motociata, na qual levou o ex-ministro da Cidadania João Roma (PL), pré-candidato ao governo baiano, na garupa de sua moto, o presidente fez um breve discurso. Na frente do Farol da Barra – ponto turístico de Salvador -, Bolsonaro criticou os governadores da Região Nordeste.

“Lamento que os nove governadores do Nordeste tenham entrado na Justiça contra a redução de impostos na gasolina. Isso é inadmissível”, disse. O presidente afirmou que, se a Justiça não aceitar a ação dos chefes dos Executivos estaduais contra a lei que limita a cobrança do ICMS a um teto entre 17% e 18%, o Brasil terá “um dos combustíveis mais baratos do mundo”.  

À tarde, Bolsonaro seguiu para o Rio, onde participou do Louvorzão 93 – evento evangélico de uma rádio. Segundo ele, “o Brasil enfrenta neste momento uma luta do bem contra o mal”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 
 
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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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