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PolíticaQueiroga se contrapõe a Bolsonaro e agora diz à CPI que cloroquina não tem eficácia

Queiroga se contrapõe a Bolsonaro e agora diz à CPI que cloroquina não tem eficácia

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, presta nesta terça-feira (8) seu segundo depoimento à CPI da Covid no Senado.

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Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga – Foto: Governo Federal

 

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Marcelo Queiroga (Saúde) afirmou à CPI da Covid nesta terça-feira (8) que remédios como hidroxicloroquina e ivermectina “não têm eficácia comprovada” no tratamento da Covid-19.

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“Essas medicações não têm eficácia comprovada. Esse assunto é motivo de discussão na Conitec”, afirmou o ministro. “Se eu ficar discutindo a discussão do ano passado, eu não vou em frente”, disse.

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) perguntou então por que o ministério não revoga uma nota de 2020 que orienta sobre doses de cloroquina a serem usadas nos pacientes que contraíram o coronavírus.

“A nota informativa perdeu o objeto”, afirmou Queiroga. No primeiro depoimento, Queiroga evitou se posicionar sobre o uso dessas drogas.

Nesta terça, mais cedo, no depoimento à CPI, Queiroga afirmou que a discussão em torno de medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento da Covid-19, como a hidroxicloroquina tem provocado grande divisão na classe médica e que seu papel é “harmonizar esse contexto”.

“Essa questão [o uso de hidroxicloroquina e ivermectina contra a Covid], que espreita o enfrentamento à pandemia desde o início, tem gerado uma forte divisão na classe médica. De um lado, há aqueles como eu, que sou mais vinculado às sociedades científicas, e há o pensamento, do outro lado, dos médicos assistenciais que estão na linha de frente, que relatam casos de sucesso com esses tratamentos. Eles discutem de maneira muito calorosa.”

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“A mim, como Ministro da Saúde, cabe procurar harmonizar esse contexto, para que tenhamos uma condição mais pacífica na classe médica e possamos avançar”, disse.

Queiroga se posicionava claramente contra o uso dessas drogas antes de assumir a chefia da pasta. Depois que se tornou ministro evitava dizer categoricamente que os medicamentos não têm eficácia comprovada.

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