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PolíticaRodrigo Garcia nomeia investigado por massacre para a Casa Militar

Rodrigo Garcia nomeia investigado por massacre para a Casa Militar

Henguel Ricardo Pereira está em caso a ser submetido à Corte Interamericana de Direitos Humanos, em que vítimas foram emboscadas por cem militares em Sorocaba

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Governador Rodrigo Garcia (PSDB) – (Foto: Igor Abreu / acidade on)

O governador Rodrigo Garcia (PSDB) nomeou o coronel Henguel Ricardo Pereira como secretário-chefe da Casa Militar. Henguel foi um dos militares investigados pelo caso que ficou conhecido como massacre da Castelinho e das ações do Grupo de Repressão e Análise dos Delitos de Intolerância (Gradi), que atuou nos anos 2000.

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Policiais do Gradi foram acusados de usar ilegalmente presos para infiltrá-los no primeiro Comando da Capital (PCC). Também teriam desviado armas e praticado tortura. Eles teriam planejado o massacre de 12 bandidos na Castelinho, em Sorocaba, em 5 de março de 2002.

Procurado pela reportagem, o governo informou que o coronel “foi absolvido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que julgou improcedente a ação penal”. “Ele foi nomeado secretário-chefe da Casa Militar e Coordenador da Defesa Civil pela sua larga experiência e dedicação à Defesa Civil nos últimos anos. Ao longo da carreira, Henguel chefiou a Defesa Civil e comandou o gabinete da Casa Militar.”

O coronel foi absolvido no caso da Castelinho. A Justiça decidiu não submeter a júri os 53 policiais acusados. Em outro processo, ele chegou a ser condenado pela 20ª Vara Criminal a 5 anos e 6 meses de prisão sob a acusação de tortura, mas acabou absolvido na 2ª instância.

Comissão de Direitos Humanos
A Defensoria Pública do Estado, porém, enviou o caso Castelinho à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que, em 2021, resolveu admiti-lo e submetê-lo à Corte Interamericana de Direitos Humanos, na Costa Rica. Segundo a comissão, as 12 vítimas foram atraídas para uma armadilha. A PM cercou o lugar com cem homens. “Foram mais de 700 disparos.”

A comissão entendeu ainda que o Estado “não demonstrou que a operação foi planejada de modo adequado e segundo um arcabouço jurídico compatível com o uso da força”. Para ela, “o Estado não confirmou a realização de certas diligências essenciais para o esclarecimento dos fatos”. A CIDH concluiu que “o Estado brasileiro é responsável pela violação dos direitos à vida, à integridade pessoal, às garantias judiciais e à proteção judicial da Convenção Americana sobre Direitos Humanos”.

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Ela recomendou à Corte que condene o Brasil a reparar integralmente as violações de direitos humanos nos aspectos material e imaterial. E quer que o Brasil faça “investigação completa, imparcial e efetiva” por meio de “órgãos independentes da polícia civil/militar, com o fim de estabelecer e sancionar as autoridades e funcionários responsáveis pelos fatos referidos e esclarecer plenamente os fatos que levaram à impunidade”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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