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PolíticaSecretaria da Saúde teve que usar material emprestado por entraves nas compras

Secretaria da Saúde teve que usar material emprestado por entraves nas compras

Em depoimento à CPI, Izaulina de Lurdes Alves Jacomazi denunciou também esvaziamento do departamento responsável pela gestão financeira e administrativa da Saúde

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Pessoas esperam por atendimento do lado de fora da UPA Santa Felícia. Foto: ACidade ON São Carlos

Processos de compras demorados, alta burocracia, falta de atualização de preços de insumos e até situações em que foram necessários empréstimos de materiais foram as principais revelações da servidora pública Izaulina de Lurdes Alves Jacomazi à CPI da Saúde em São Carlos (SP).

Em depoimento, a chefe do Departamento de Gestão Administrativa e Financeira da Secretaria da Saúde afirmou que chegou a faltar insumos básicos cotidianos na secretaria que é responsável pelo enfrentamento à pior pandemia viral dos últimos 100 anos.

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Além da falta de máscaras no início da pandemia situação já denunciada na Câmara Municipal chegaram a faltar agulha de insulina, insumo que deve constar no estoque regular da Secretaria da Saúde. A causa, segundo Izaulina, foi um impedimento da atualização de preços inflacionados pela crise sanitária por parte da equipe jurídica da Prefeitura. Os produtos de uso intensivo da Secretaria de Saúde têm preços registrados em ata, o que facilita o processo de compras.

“A empresa fala que precisa de reajuste (de preços), passamos para o departamento jurídico que nega ou autoriza. Não autorizaram reajustes”, justifica.

Com a ata derrubada pelo Jurídico, equipes da Saúde e de compras tiveram que iniciar novos processos “do zero”, inclusive realizando compras emergenciais ou diretas”

“Isso é um entrave muito grande, por isso a falta de luvas, de seringa de insulina, falta de máscara no começo da pandemia. Agora não mais, mas no começo da pandemia tivemos e inclusive medicamentos que tiveram reajuste de preços”, explica.

A servidora ainda denunciou o desmonte de seu departamento que perdeu funcionários e estrutura em plena pandemia. Em 13 de agosto, mês em que São Carlos enfrentava uma escalada nos números de casos e óbitos, um decreto mudou as atribuições e esvaziou sua estrutura, segundo Izaulina.

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“É inadmissível que, além de minha pessoa ninguém mais conheça as dotações orçamentárias e a complexidade da saúde, com tantos funcionários não tenha apoio aos funcionários. Basta verificar a Secretaria da Educação, que tem orçamento vultuoso também, conta com muitos funcionários no Departamento de Gestão Administrativa. Na Secretaria da Saúde simplesmente foi tirada”, afirma

A situação chamou a atenção dos vereadores Elton Carvalho (Republicanos), relator da CPI, e Professora Neusa (Cidadania).

“Se tirou funcionários, fizeram uma coisa muito ruim com o departamento em plena pandemia. Depois, o jurídico não tem uma sensibilidade de que o momento é crítico”, avalia Carvalho.  
 
De acordo com a diretora, por falta de compras, muitas vezes funcionários tiveram de pedir emprestados materiais. “Emprestamos da Educação, do HU (Hospital Universitário) e Santa Casa”. 
 
Procurada, a Prefeitura não se manifestou até o fechamento desta reportagem.

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