Empatado com Rodrigo Garcia (PSDB) na segunda posição na corrida eleitoral para o governo do Estado, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) elegeu o tucano como alvo preferencial na disputa do primeiro turno e aposta na polarização com o PT para estar no segundo turno das eleições deste ano.
O pré-candidato apoiado por Jair Bolsonaro esteve em São Carlos na quinta-feira (14), em evento organizado pela Associação Comercial e Industrial (Acisc). Por lá, Tarcísio afirmou que fará “tudo diferente” do que as gestões tucanas fizeram até agora em São Paulo.
Para Tarcísio, os tucanos “são incapazes de apresentar novidades” para o Estado, após mais de duas décadas de gestão contínua em São Paulo. “Eu posso fazer o Estado andar mais rápido, posso devolver os empregos de volta, fazer com que a participação paulista no PIB seja maior, acabar com as filas da saúde, resolver os problemas da cracolândia, dar moradia aos moradores de rua. Fazer tudo diferente do que eles fizeram”, prometeu.
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O pré-candidato criticou o modelo de concessão das rodovias, em que a gestão tucana preferiu renovar os contratos, com o que considerou “poucas contrapartidas” das concessionárias. Tarcísio, que foi ministro da Infraestrutura, renovou a concessão da Rumo na Malha Paulista, mas disse que “fez melhor”.
Em fala direcionada ao eleitorado local, Tarcísio afagou as universidades locais. Disse que “tem que olhar com carinho” e “trazê-las para trabalhar com a iniciativa privada”.
“Por exemplo, São Carlos é vocacionada para a alta tecnologia, então temos que formar profissionais para essa alta tecnologia e incubar startups e aproveitar essa mão de obra formada na Federal (UFSCar) e na USP”, relatou.
A fala de Tarcísio chega em momento crítico para a UFSCar, universidade custeada pelo governo federal e que teve recentes cortes de recursos da gestão Bolsonaro que praticamente inviabilizam seus trabalhos, segundo a reitoria.
Sobre o apoio do presidente, o pré-candidato disse que Bolsonaro “ajuda” na conquista de votos, “é forte”, “um fenômeno político capaz de levá-lo ao segundo turno, repetindo em São Paulo “a polarização” nacional que é “inescapável”. Em outras palavras, é com Fernando Haddad que Tarcísio espera ir para o segundo turno.
“Tem pesquisa que estou colado (com Garcia, nas intenções de voto), tem outras que não estou. Nas minhas internas não estou. Um recorte é importante, tenho um desconhecimento grande por parte do eleitor do Bolsonaro. Quando o eleitorado descobrir que o Tarcísio é o pré-candidato do Bolsonaro, a tendência vai ser bem diferente“, comentou.
Na última pesquisa Datafolha, do final de junho, Haddad está em primeiro, com 28%, seguido de Tarcísio e Garcia, com 13% cada.
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