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PolíticaVereador denuncia médico que deixou expediente em USF para atender em clínica privada

Vereador denuncia médico que deixou expediente em USF para atender em clínica privada

Profissional cumpriu 3 de 8 horas de trabalho em unidade pública e foi embora sem dar explicações; vereadores pedem a sua demissão, mas prefeitura deu afastamento

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Médico de USF deixa expediente para atender em hospital privado. (Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

Um médico da família foi denunciado em sessão da Câmara Municipal de terça-feira (3) por ter atendido pacientes de uma rede privada durante expediente pago pela Prefeitura. O fato foi exposto pelo vereador Ubirajara Teixeira (PSD) em sessão realizada nesta terça-feira (3) na Câmara Municipal.

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Segundo o parlamentar, a ausência do médico foi denunciada por usuários da Unidade de Saúde da Família (USF) do Jardim Munique. O funcionário público entrou às 7h e saiu por volta das 10h, sendo que o expediente terminaria às 15h30. Ainda pela manhã, a presença dele foi confirmada em uma unidade de rede privada, onde estava atendendo pacientes. O médico recebe salário de R$ 18 mil da Prefeitura.

A denúncia mobilizou, além de Teixeira, os vereadores Lucão Fernandes (MDB) e Cidinha do Oncológico (Progressistas), o secretário Dante Nonato (Gestão de Pessoas) e a Guarda Civil Municipal. A corporação registrou o ocorrido oficialmente.

“Ele entrou às 7h e quando eram 10h já estava na unidade particular para exercício da profissão. E o nosso povo esperando. Consta que ele é pediatra. O médico sai de lá [da USF] sem falar nada para ninguém. E vemos que ele tem o histórico bem pesado”, afirmou Bira.

Segundo os parlamentares, o médico da saúde da família responde a uma sindicância, dois processos disciplinares, quatro apurações preliminares e 37 reclamações na Ouvidoria.

A vereadora Cidinha lembrou que pesam contra o médico reclamações sobre a sua conduta contra pacientes. O profissional já foi alvo de reclamações em 2020 por tratar mal os pacientes.

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“A população está suportando demais, porque ele é agressivo e tem até receio que ele volte para atacá-los lá”, relatou.

Djalma Nery (Psol) pediu punição ao médico e disse ter denunciado reclamações anteriores ao Conselho Regional de Medicina (CRM). O aconselhamento foi acompanhado por Élcio Carvalho (Republicanos).

“Que a Prefeitura leve esse processo de demissão em frente e leve ao CRM. Um médico desses é uma vergonha ao município.

Indo mais além, Marquinho Amaral pediu que a Prefeitura publique em Diário Oficial a demissão do médico da família. Ele afirmou que os processos contra o profissional são “empurrados com a barriga”. Na época de outra denúncia contra o mesmo profissional, em novembro de 2020, a administração afirmou haver sindicância em aberto contra ele.

“A irresponsabilidade deste senhor não pode ser aceita por esse governo. Rua, já!”, disparou.

A reportagem do acidade on São Carlos tentou, sem sucesso, localizar o médico para que ele comentasse a denúncia.

Em nota, a Prefeitura afirmou que o secretário Dante Nonato solicitou afastamento do médico por 15 dias para abertura de processo administrativo disciplinar “que será encaminhado para a Corregedoria para as providências cabíveis”.

“Uma Sindicância já foi aberta com relação ao servidor, porém em assunto diferente do ocorrido hoje”, completou.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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